23.02.24
- A ALMA DA MADRAGOA
- Vou à Madragoa aos fados
- Sentir alegria e a vadiagem
- Em poemas bem cantados
- Por fadistas residentes ou de passagem
- E ao som da guitarra nesse ambiente
- Entra p´la alma um poema novo
- São lágrimas de luz que a vida consente
- Espreitando o coração dum povo
- São olhares que a Madragoa embriaga
- P´la voz oferecida por Deus
- Que o fadista serenamente consagra
- A tristeza varrendo os olhos seus
- No olhar sente-se a solidão e o pranto
- Como momentos trágicos dum passado
- Encobrindo o sofrimento por um manto
- Tantas vezes vagarosamente dobrado
- No bairro convive-se na alegria com afoito
- Enlaçando leves sabores a maça
- Correndo recordações p´lo coração doido
- Como se nunca houvesse um amanhã
- De Fernando Ramos