04.04.23
- LISBOA DO POVO E DO TURISTA
- Lisboa, paraíso de sete colinas
- Desperta aos raios da manhã
- Brilha o sol nas casas Pombalinas
- Da bela cidade amiga e cortesã
- Nas ruas a liberdade pulula por ali
- Desde cedinho sob um céu majestoso
- O povo diz que a cidade é parte de si
- Abençoada p’lo seu Santo fervoroso
- À noite, a lua p’las janelas entra em cheio
- Nos becos e vielas do fado submisso
- O turista espreita as tascas, e de permeio
- Apaixona-se p’la guitarra de timbre castiço
- É nesta Capital mágica de mil sois
- O visitante se move alegremente
- Nas esplanadas prova pratinhos de caracóis
- Saboreando-os com cerveja perdidamente
- De dia, o estrangeiro Lisboa visita
- As belezas aquecidas p’lo sol encantado
- E à noite se perde pela voz da fadista
- Que lhes dedica o fado de amor perfumado
- É assim a maravilhosa Lisboa
- Que o alfacinha tem p´ra oferecer
- Tantos a querem como sua fada boa
- E os turistas já mais a irão esquecer
- E no eléctrico turístico vermelho e amarelo
- Passeia-se p’la Cidade cosmopolita e amena
- Deslumbrando-se próximo do céu, no Castelo
- Olhando o Tejo e suas margens que são poema
- O turista, calcorreia os bairros populares
- Deambulando por ali sem alguma maçada
- O povo lhes oferece, em faustos jantares
- Vinho tinto e a bela Sardinha assada
- Pelas calçadas vai criando suas ilusões
- Nesta cidade que para si é um espanto
- Falam-lhes do grande poeta Camões
- E da poesia que lhes dá tanto encanto
- Na hora do visitante ir embora
- A tristeza bate com ansiedade
- Já amam Lisboa conhecida em boa hora
- Levando no peito a palavra SAUDADE
- E a cidade para eles bem se agita
- Com amor e o calor do céu azul
- Gritando muito feliz o turista
- “Lisboa é bela como as ilhas do mar do sul”
- De: Fernando Ramos