746 - O BAILE DA VILA
Fernando Ramos, 30.11.22
- O BAILE DA VILA
Na vila, a festa vai ocorrer
E abrilhanta-se o baile de sábado
Pares se juntam a conviver
Pró pedaço gulosamente passado- É uma alegria contagiante
E outro baile assim não há
Por ali, a festa é estonteante
Dançando-se a salsa, a rumba e o chá, chá, chá - Os bailarinos, num frenesim sem parar
Vão prestando sua alegria à vila
E é vê-los dançar, dançar, dançar - Aplaudidos por gente que fazem fila
- Dança o policia, e o carteiro
A dona de casa, e a sopeira
Dança a peixeira, mais o funileiro
O menino do coro, e a lavadeira - E num rodopiar harmonioso no palco
Um par de idosos mais afoito
Mostra num tango, sua perícia de estalo - Recebendo de todos uma nota oito
- Ali, os dançantes bem se agitam
Naquela tarde de enorme esplendor - Crianças brincam, e outras gritam
P’la entrada no coreto, do artista cantor - Meninas casadoiras choram de alegria
- E o imponente galã, para elas sorri
Há quem suspire, por uma fantasia
Sonhando que o cantor é só p´ra si - Toca a orquestra bem afinada
E o pátio inquietou-se num instante
Fica na cadeira, uma senhora encantada
P’la voz doce, do romantico cantante - É a loucura, tudo salta e dança
Numa alegria de deslumbrar
A tarde vai longa, e não cansa - Todos querem, é na vila dançar
- É uma alegria contagiante
E outro baile assim não há
Por ali, a festa é estonteante
Dançando-se a salsa, a rumba e o chá, chá, chá - de: Fernando Ramos