07.09.22
- ESPERANÇA FUGIDA
- Ó esperança não fujas
Deste meu sentido vasto
Que na bruma da noite
Me incómoda no leito
Tu que és guarda da solidão
Do meu inóspito peito - Nas madrugadas solitárias
Brandamente surges no sono
Vindo de caminhos tumultuosos
Trazendo o mensageiro incolor
Que voa em perfumes preciosos
Distribuíndo seu leve odor- E a doce esperança fugida
Que vagueia no ar
Recebida em meu coração
Ofertando-me de ilusão
Enchendo a alma
De odores de sua razão - Empregnados de fidelidade a Deus
Meu rei, e senhor da esperança
Que a todos guarda sem pudor
Na sua boa cristandade
No meio de servos escolhidos
Que juram paz, e liberdade - De: Fernando Ramos