27.08.22
- SOBREIRO DOS BONS
- Á sombra quente do velho sobreiro
No latejar silêncio da tarde
Uma avezinha, procura o poleiro
Fugindo de um caçador cobarde - Aquele sobreiro, que é abrigo de tantos
Nele buscam sua graciosa protecção
Para um puro acolhimento de Santos
Evitando uma morte cruel e sem razão - As aves se protegem neste seu amigo
Nas melancólicas fins de tarde de Verão
Porque alguém mais afoito e decidido
Se resolve, as caçar sem perdão - O sobreiro magnifico está presente
Na reserva protegidas da caça
Lá, as aves gorjeiam ao medo ausente
Porque ali não há maldade que se faça - Mas se um dia, no azul da felicidade
O sobreiro dos bons já ali não existir
Foi o homem, que o abateu sem piedade
Não podendo as avezinhas lhes acudir - De: Fernando Ramos