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FERNANDO RAMOS

Minha Poesia

FERNANDO RAMOS

Minha Poesia

418 - SEM SONO

Fernando Ramos, 28.09.21

  

 

SEM SONO

 

Por vezes, cansado e sem sono
a altas horas da madrugada,
à janela ficava olhando o céu estrelado
Nesses momentos dizia para comigo:
“Será que mais alguém é tão louco como eu,
e olha as minhas estrelas?”

 

E então,
eu imaginava que p´ra elas voava, voava
o mais alto possível
E seria mais uma, muito brilhante,
talvez, a mais brilhante que todas as outras
Eu queria mesmo ser
a mais cintilante do infinito,
ser a primeira do universo,
Que ideia mais louca, a minha!

 

De lá, via todas as janelas da terra,
todas mesmo, até a da casinha mais humilde,
tentando saber se alguém p’ra mim olhava,
e buscava o prazer da minha companhia
Mas não!

Nesse preciso momento parava de imaginar
Nem era a estrela mais brilhante,
nem tinha um olhar curioso em mim
Voltava à realidade da minha solidão,
que noite, após noite me faz ficar sem sono,
e com vontade de abraçar todas
as minhas amigas estrelas brilhantes

 

de: fernando ramos