17.01.20
LÁ NAS TERRAS DO SUDÃO
No Sudão, a guerra e a morte
Andam de mãos dadas
O mundo assiste
Como se nada fosse
À miséria permissível
E mantida por interesses
Dos senhores das armas
Que querem fazer
Dos refugiados
Criminosos de guerra
Mas onde não passam
De vítimas do terror
O mundo assiste
Como se nada fosse
À miséria permissível
E mantida por interesses
Dos senhores das armas
Que querem fazer
Dos refugiados
Criminosos de guerra
Mas onde não passam
De vítimas do terror
Lá, morre mais gente
Diariamente, que por metro
Quadrado de cereais ali plantados
Mulheres, crianças e velhos
São sequestrados
Têm as mãos cheias de nada
E a morte como companheira
Que prematuramente por ali anda
Diariamente, que por metro
Quadrado de cereais ali plantados
Mulheres, crianças e velhos
São sequestrados
Têm as mãos cheias de nada
E a morte como companheira
Que prematuramente por ali anda
Naquela terra a vida nada vale
E nós de mansinho a tudo
Assistimos como se nada fosse
Como se tudo, se passasse
Em casa do vizinho
Cuja porta da desgraça
Humana se mantém fechada
Evitando assim
Olhares indiscretos
E nós de mansinho a tudo
Assistimos como se nada fosse
Como se tudo, se passasse
Em casa do vizinho
Cuja porta da desgraça
Humana se mantém fechada
Evitando assim
Olhares indiscretos
Países ricos e poderosos
Negoceiam a venda de armas
Aos senhores da guerra do Sudão
Que fabricam a miséria e a morte
A um povo que só pede paz, pão
E um metro de chão
Para enterrar seus mortos
Que não conseguiram
Sobreviver a este terror
Colectivo
Negoceiam a venda de armas
Aos senhores da guerra do Sudão
Que fabricam a miséria e a morte
A um povo que só pede paz, pão
E um metro de chão
Para enterrar seus mortos
Que não conseguiram
Sobreviver a este terror
Colectivo
Pobre mundo, para onde caminhas?
de: fernando ramos
27.6.2005