26 - A AGUIA
Fernando Ramos, 26.02.15
A ÁGUIA
Livre, e ao sabor do vento
No largo espaço soberbo
A Águia eleva seu talento
Na lealdade de um segredo
Num calmo e doce voar
P’lo céu do sumptuoso estádio
Como é tão bonito vê-la brincar
Nesse palácio Sagrado que reluz
Usando o céu formoso
Inteirinho no palco da sua Luz
E num maravilhoso vai vem pomposo
Envaidece tantos que seduz
E nossos olhos lhe dizem mais
Que um jorro de palavras bonitas
Entre murmúrios, e ais
E uma criança foi à mãe dizer
Que a Águia lhe estava a sorrir
Respondendo a doce mãe;
"Que ela, um voo lhe ia oferecer"
E o menino na sua inocência lhe diz:
"Mama nas suas asas quero ir"
E a multidão grita pelo seu Benfica
Deslumbrando-se pela Águia louvada
Ela é terna, pura e tão altiva
E por milhões do mundo amada
E no final do voo da Águia Imperial
A multidão se rende na sua fé
Como se fosse outra jogada genial
Que deu golo do camisola dez
Em perfumadas fintas desse Jardim
Decorando de vermelhas cores a alma
Numa alegria indescritível sem fim
Noutra desportiva jornada calma
Alguém escreveu que a Águia
Era ave de pura ilusão
Bem sabemos que ela, não é não
E aconchega bem tanto coração
E só por isso, ser impossível
A quem a contempla num céu de amor
Possa dizer que um Deus sensível
Não é o seu senhor criador
Minha Águia livre, que livre voas
Entregas teu voar numa bela poesia
E nem sabemos se o poeta Pessoa
Era tão livre como tua magia
Mas se Pessoa hoje fosse ao Estádio
Encantava-se contigo Águia Imperial
O BENFICA, seria sua inspiração de luz
Num belo poema a PORTUGAL
De: Fernando Ramos - 26
21.4.2009