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FERNANDO RAMOS

Minha Poesia


29.11.24

 

 

1065.jpg

1065 - AMIGOS PUROS

Tive amigos que já foram puros
Não se vendiam por qualquer dinheiro
Hoje não são amigos, nem seguros
Escolheram a ilusão por companheiro

 

Andam por aí com ousadia
Num meio que se diz de bem
Corrompem-se por covardia
Ao vil metal, sua mãe

 

São cães de fila de rebanhos
De outros tais de muito tostão
Cometem crimes de tamanhos
Porque cega é, sua ambição

 

Já há tão poucos amigos puros
Que nos valem na caminhada
Perdem-se no meio dos impuros
Vivem na mentira descarada

 

Era tão rico com amigos puros
Hoje por eles estou envergonhado
Seus futuros são tão inseguros
São soldados de caracter confiscado

 

Moram na feira de vaidades
Sua honra vive empobrecida
Não habitam no seio das verdades
São a esperteza bem esclarecida

 

Sorriem no meio da tristeza
Como os olho com desdém
Vivem sós com sua baixeza
E eu na honestidade fico bem

 

Mas o que lhes aconteceu
Pergunto na minha ignorância
Foi o diabo que lhes prometeu
Amigos fáceis de abastança

 

Amizade é um rico dom
Ganha na subtil pureza
Ter amigos é de bom tom
Os verdadeiros são fortaleza

De: Fernando Ramos

 


26.11.24

 

 

1064.jpg

 

  • 1064 - ARTESÃO
  •  
  • Escrevo p´ra ti com sentimentos de ternura
  • Palavras que levam vida, amor e liberdade
  • Sou apenas um artesão das palavras
  • Que voam nas asas do pensamento
  • E cada uma delas pode ser uma epopeia
  • De belas insinuações
  • Que deixo em meu tempo breve e maravilhoso
  • O doce sabor de escrever meus poemas
  • Que não os escondo na emoção
  • Das lágrimas de tristeza ou de felicidade
  • Ou no silêncio dum tempo colorido de flores
  • Ou na imensidão da terra de ninguém
  • Eu sou assim, apenas um artesão
  • No meu oásis de imaginação
  • Que não ousa despertar as estrelas
  • Que brilham de poesia p´ra mim e p´ra ti
  •  
  • de: Fernando Ramos


21.11.24

 

 

1063.jpg

 1063 MEU SORRISO

 Tenho de amar mais
Viver mais, e mais saber
Olhar todas as auroras brutais
Ver a felicidade do sol nascer

 

Sou eu, sou eu, sou eu
Que sonho com o mundo em paz
Ambiciono a paixão do Romeu
E amar com seu romantismo, ser capaz

 

Na vida devo brincar mais
Com sua melodia que me rodeia
Oferecer muito aos outros iguais
E à natureza que me incendeia

 

Sei que o destino me vai proteger
Fazendo que me importe menos
Com algumas pedras que vão aparecer
Em problemas simples e pequenos

 

Sou eu, sou eu, sou eu
Que sonho com o mundo em paz
Ambiciono a paixão do Romeu
E amar com seu romantismo, ser capaz

 

Quero a liberdade de fazer
Da vida um lindo paraíso
Apenas a solidão preciso vencer
Distribuindo por aí, meu sorriso

 

De: Fernando Ramos

 


08.11.24

1061

 

1061 - QUE IMPORTA É SABER

  •  O que importa é ser artista
    Seja da pedra, ou do que for
    Das letras, do canto, do Desporto
    Da arte seja ela fado ou lirica
    Da musica, do teatro ou do cinema
  •  
  • O que importa é esse conforto
    Artista, é ser mais, é ser alguém
    Neste mundo de pressão, e egoísmo
    E de espiritualidade, também
    Sem códigos nem racismo
  •  
  • Que importa ser escultor
    Cinzelar modelos na pedra fria
    Ser poeta, escrever de alma
    Os momentos do passado
    Do presente e do futuro
    E escrever, e rescrever
    O amor, sempre o amor
  •  
  • O que importa, é saber e aprender
    Passar o conhecimento
    Através da historia
    O que importa é ser artista
    E dar-se ao acontecimento
    Ser operário da arte
    Dar o seu melhor com elegância
    E com os outros reparte
  •  
  • Ser artista, é ser homem ou mulher
    De todas as cores, e feitios
    De todo o mundo, e crenças
    Viver sem preconceitos
    E saber dar, dar a outros o talento
  • O que importa, é gravarem
    O seu saber, dum passado
    Com futuro
  •  

de: Fernando Ramos

 


06.11.24

 

 

1060

1060 - NOITES DE AFAGOS

  • Um feliz e denso mistério 
  • Rodeado de espesso sossego
    Leva-me ao jardim
    Dos meus passeios costumeiros
    Lá vou recordando anos
    De tanto passado
    E dos olhares gulosos
    Da própria juventude
  •  
  • Em meus subterrâneos pensamentos
    Vejo cada ano, cada década
    Que pelo meu hoje fraco corpo
    Paulatinamente passaram
    Já os escrevi e rescrevi como contos
    Vividos não há assim tanto tempo
    Dentro da liberdade possível
    Mas de amor cegamente interiorizado
  •  
  • E vem-me à memória
    A rapariga que conheci
    Hoje a mulher que me acompanha
    Neste cansaço da vida
    E lembro as calmas noites de afagos
    Noites de intensa paixão
    As noites das chamas que nos levavam
    Ás labaredas da loucura
    Como hoje refastelado na idade
    Lembro todos esses tempos
    Que me vão acompanhar até à partida
    Para o meu infinito
    E não choro por esses momentos
    por andarem perto do final
    Mas dou um sorriso feliz
    Um sorriso bem maroto
    Por eles terem existido
  •  
  • Como bom tem sido
    Todo este caminho toda esta vida
    Como bom é ainda hoje
    Em meu pensamento correr
    Esses momento ternos de felicidade
    Como bom é ainda puder lembrar
    A soberania de seu olhar
    E a doçura cheia de graça
    De seu sorriso que continua
    A ser meu desejo e ternura
    E um farol no meu horizonte
  •  

De. Fernando Ramos

 


04.11.24

1059.jpg

 

1059 - ABRIL DE CRAVOS

 

Poetas apareceram p’la tarde
Músicos e tantos cantantes
Chegou a chama da felicidade
Num Abril de cravos flamejantes

 

As gentes riam chorando
P’ra felicidade de tantos
Nas Igrejas se foi orando
Sorriram fieis e os Santos

 

E por aquele Abril novo
Muitos, muitos lutaram
Nas prisões apareceu o povo
Libertando os que sonharam

 

Vários Sois por Abril já passaram
E algum povo ainda acredita
Mas corações já se desgastaram
Neles a esperança já não habita

 

Que fizeram ao nosso acreditar
Gentes de pouca vergonha
O cravo não consegue medrar
E o povo de agora já não sonha

 

A revolução dos homens se vai
Na crista da onda da esperança
O belo sonho cambaleando, cai
No puder que pouco, a pouco avança

 

Desaparece o sorriso na gente boa
A liberdade está emudecendo
De mansinho outros hoje vão na proa
E o Abril de cravos vai entristecendo

 

Era o Abril na história duma vida
Que tarde o bem fez chegar
A bandeira desfraldada vai sumida
Na Pátria que o povo quer acreditar

 

De. Fernando Ramos

 

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