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29.02.24
- O UNIVERSO
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- O universo é um mundo, meu e teu
- E o amor a única flor de todos os cheiros
- O amor deixa um coração, que tanto doeu
- Em pedaços despedaçados voltarem a ser inteiros
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- O universo poderá ter o tamanho do mundo
- Os sonhos poderão ter todo universo
- Mas nunca terá o tamanho do homem imundo
- Que mata, destrói e faz da dor um modo perverso
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- O universo é a natureza que nos move
- Deste mundo que tanto nos rodeia
- Contempla-lo o sonho da vida sobe
- Pró infinito que o coração ateia
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- O Universo é muito maior e forte
- Que os homens que o destroem
- Ele é de todos, mesmo os de sem sorte
- Que p´la vida louca se consomem
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- Fernando Ramos
28.02.24
VIRTUOSA MUSA
- Ofereço flores de amor
- A quem o coração acha que merece
- Elas levam sorrisos de tanta cor
- Do arco Iris que no céu aparece
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- P´ra virtuosa musa, uma rosa
- Ou um bonito malmequer
- E numa bonita prosa
- Vai meu corpo que tanto a quer
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- E as bonitas palavras de amor
- São ditas na bravura do meu olhar
- Que deita desejos sem dor
- P´ra mulher que tanto quero amar
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- A ela me prendo numa rede
- Num desejo que vai num sopro
- Levando loucuras da minha sede
- Beijando todos seu belo corpo
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- De: Fernando Ramos
27.02.24
- APRENDI NA VIDA
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- Aprendi que ninguém é mais perfeito
- Só por andar dia a dia a trabalhar
- É que na vida fácil, nela não me deito
- Porque as oportunidades estão ali ao virar
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- Aprendi que as palavras devem ser boas
- Porque depois também as poderei ouvir
- E desse feito nunca gritarei loas
- Porque elas, embora também podem ir
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- Aprendi também a gostar do mar
- E do pôr-do-sol na tarde de verão
- Essa hora é boa para me entregar
- Às ondas de mar de bom chão
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- A prendi que a vida é bem dura
- Porque os problemas fazem parte de nós
- E nela, as oportunidades não perdura
- Já era assim com os nossos avós
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- De: Fernando Ramos
26.02.24
- Acreditar na cruz
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- Apareci à mais de dois mil anos
- E a na terra a bondade preguei
- O povo comigo não vive de enganos
- Mas de amor e da fé que deixei
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- Sou o Deus do amor e do bem
- O mundo em mim acredita
- Minhas palavras o livro tem
- Que os povos nele medita
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- O sinal da vida está na Igreja
- E nela rezo com emoção
- para este mundo que enseja
- Puro amor no coração
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- Sou o filho de Deus bem sabem
- E a sua fé é p´ra acreditar na cruz
- Que vai nos caminhos que sobem
- Até aos Santos do Reino da Luz
-
- de: Fernando Ramos
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25.02.24
- DISPO AS PALAVRAS
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- Dispo as palavras
- Da força do amor
- Dando atenção e solicitude
- Na entrada dos seus silêncios
- Nas emoções contidas
- Em momentos de paixão
- Com a grandeza da reciprocidade
- Das minhas palavras
- Que se despem p´la loucura
- Dos desejos
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- Não importa que sinta aos poucos
- A falta das palavras que despi
- E não dissolvo os laços
- Das ligações suaves e decentes
- Que as mesmas palavras
- Representam na minha imaginação
- Rodeadas de flores do meu jardim secreto
- Elas são musas de minha paixão
- E nelas habitam minhas dores
- Por as palavras despidas não
- Serem aceites por quem amo
- Que agora reside bem longe
- Do meu mar de desencantos
-
- De: Fernando Ramos
24.02.24
- SAUDADE DE MÃE E PAI
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- A saudade deles tem rosto
- Nome, perfume, gosto e harmonia
- E uma doida vontade de sua presença
- Essa saudade é brisa de dor que não passa
- É ausência que incomoda
- E maltrata um coração
- Esta Saudade é a prova
- Que há pessoas que valem a pena
- E só assim a saudade, amizade e o amor
- Fazem sentido
- P´ra que um dia no céu de Deus
- Quem amamos se chegue
- Para bem perto nós
-
- De: Fernando Ramos
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23.02.24
- A ALMA DA MADRAGOA
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- Vou à Madragoa aos fados
- Sentir alegria e a vadiagem
- Em poemas bem cantados
- Por fadistas residentes ou de passagem
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- E ao som da guitarra nesse ambiente
- Entra p´la alma um poema novo
- São lágrimas de luz que a vida consente
- Espreitando o coração dum povo
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- São olhares que a Madragoa embriaga
- P´la voz oferecida por Deus
- Que o fadista serenamente consagra
- A tristeza varrendo os olhos seus
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- No olhar sente-se a solidão e o pranto
- Como momentos trágicos dum passado
- Encobrindo o sofrimento por um manto
- Tantas vezes vagarosamente dobrado
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- No bairro convive-se na alegria com afoito
- Enlaçando leves sabores a maça
- Correndo recordações p´lo coração doido
- Como se nunca houvesse um amanhã
-
- De Fernando Ramos
22.02.24
- SÓ O TEMPO É QUE NOS DIRÁ
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- Quando nascermos dizem:
- Já trazemos o destino marcado
- Tão marcado que o destino
- Segue o caminho da vida
- E a vida se encarregará
- De nos dar o lugar certo
- Traçando um futuro
- De altos e baixos
- Do nosso destino
- Sabendo nós
- Que o que nos vai acontecendo
- Diáriamente, mes a mes ou ano a ano
- Nada é por acaso
- E só o tempo é que nos dirá
-
- E quando observamos a vida
- Pelo nosso caminhar dos anos
- Verificamos que o destino
- Nunca é uma questão
- De boa ou má sorte
- Mas sim uma questão
- Da nossa escolha
- Que por vezes essa escolha
- Poderá não ser amiga da vida
- E nada à a fazer
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- Quando a nossa vida
- Tem de cumprir
- O Destino que Deus nos entregou
- Pelo caminho do virar da página
- Só temos de seguir a vontade
- Dos dias da nossa evolução
- E se vivermos cada dia
- Como se fosse o nosso último
- Certamente esse último dia
- Nunca será igual
- A todos os outros dias
- Do nosso destino já
- deixado para trás
- Entre tempestades e bonança
- Da nossa existencia
-
- De: Fernando Ramos
21.02.24
- CANTAR GRANDOLA
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- Grândola Vila Morena
- Cantada por “homenzinhos”
- Soa a mentalidade pequena
- De quem nos suga aos pedacinhos
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- Terra Livre e de bondade
- Deixa, o politico a cantar sozinho
- Dizem que é a arma da liberdade
- Que não cala o Zé Povinho
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- Por isso suas gargantas têem
- A canção de luta e solidariedade
- Prós Governos filhos da mãe
- Que ao povo não deixam saudade
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- Politicos estupidos cheios de confiança
- Com promessas nunca alcançadas
- Grita na rua o povo pela mudança
- Com Grandola Vila Morena, de mão dada
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- De: Fernando Ramos
20.02.24
- AVÓ
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- Ser Avó, é ser duas vezes mãe
- Um tesouro para se guardar
- Muitos a querem, e só alguns a têm
- Porque a vida nos leva
- Esse bem de amar
- Avó, coração ardente
- Todos a beijamos pela vida fora
- Dá-nos um colo doce e quente
- Bem guardado em nossa memória
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- De: Fernando Ramos