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17.08.23
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- 874 - ASSISTIMOS E FAZEMOS DE CONTA
-
- Já assisti a varias situações na vida
- Assisti quando muito novo
- Que as pessoas eram mais honestas
- Educadas, leais e dignas
-
- Depois assisti a época de ter
- E das aparências, como ter dinheiro
- Viver bem era a fase de ter tudo,
- Se possível mais que os outros
-
- Agora e passados uns bons anos
- Assisto à fase do faz de conta
- Que os pais educam bem os filhos
- E que os filhos fazem de contam
- Que aprendem muito na escola
- È que á noite quando saiem,
- Que vão para casa de amigos
- Quando realmente vão para vidas
- Por nós os mais velhos
- Nunca imaginadas
-
- Os políticos fazem de conta
- Que são francos, honestos
- E merecedores do nosso voto
- Porque dizem ter remédio
- P´ra resolver a miséria do povo
- Que cresce como erva daninha
- E que estão a resolver o problema
- P´ra que o mundo viva em paz
-
- E o que assistimos é, que
- Num lugar não muito longe
- Ao bem perto de nós
- Nossos irmãos sofrem
- Com a Guerra que nunca acaba
- E nós acreditamos nos políticos
- E depois somos brindados
- Com alguns corruptos e com
- Uma justiça, que só funciona
- Para os pobres, porque
- Para os outros há sempre
- Um chapéu de aba larga que os protege
-
- E nós não queremos ver
- Ou fechamos os olhos
- A tudo que se passa
- E fazemos de conta
- Que está tudo Bem
- E este infelizmente para mim
- E para muitos, é o mundo actual
- Que vivemos
-
- De: Fernando Ramos

15.08.23
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- 873 - CHEGOU A HORA
-
- Eu te amei, e como te amei
- Amei-te tanto, parte da vida
- O quanto, nem eu sei bem
- Só sei que foi ilusão vencida
-
- Amei-te por becos e ruelas
- Encostados às paredes da paixão
- Hoje, me sinto triste dessas sequelas
- Que moram bem fundo do coração
-
- Sentado na mesa, sentindo pena
- Relembro os momentos em clamor
- Bebendo copos p´ra mágoa serena
- Esquecendo por momentos tal dor
-
- Já não me dás sinal algum
- E procurei-te por toda a parte
- Não te encontrei em lado nenhum
- E esta paixão vejo que parte
-
- Ditoso meu coração carente
- Das lembranças da doce aurora
- Já temo menos as dores que sente
- Porque pró final, chegou a hora
-
- Eu te amei, e como te amei
- Amei-te tanto, parte da vida
- O quanto, nem eu sei bem
- Só sei que foi ilusão vencida
-
- de: fernando ramos

14.08.23
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- 872 - DEUSES DO MUNDO
- Os Deuses dos povos do mundo
- São de paz, esperança e amor
- Dizem os homens ao segundo
- Mas o que se vê por aí é a dor
-
- Deus é o Santo do amor
- A ele se reza parte do dia
- P´ra que nunca caia o terror
- A este mundo de gente fria
-
- A vida está numa confusão
- E não há maneira de se entender
- A fome corta o coração
- A quem tudo faz p´ra resolver
-
- Os Deuses dos povos do mundo
- São de paz, esperança e amor
- Dizem os homens ao segundo
- Mas o que se vê por aí é a dor
- É a guerra da noite escura
- Que a natureza vai sofrendo
- Não há na terra quem a segura
- E os povos vão morrendo
-
- Triste sina da nossa vida
- Que nos dá desgosto profundo
- A paz é a oportunidade perdida
- Desde que o mundo é mundo
-
- Deus é o Santo do amor
- A ele se reza parte do dia
- P´ra que nunca caia o terror
- A este mundo de gente fria
-
- de: Fernando Ramos

12.08.23
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- 871 - DESFEITO EM CARINHO
-
- Sinto teu corpo bonito
- Ondulando em meu gostar
- A tua voz corre num grito
- Por mim a murmurar
-
- Dizendo bem devagarinho
- “É tão bom fazer amor”
- E eu desfeito em carinho
- Beijando-te minha flor
-
- És a minha forte adoração
- Num lugar perfeito que nunca resisti
- Quero-te com tanto amor
- Melosamente em silêncio por ti
-
- Ao beijar teu pescoço fino
- É tão grandioso o que consegui
- Meu coração bate em desatino
- Porque um doce de teu corpo, eu senti
-
- É maravilhoso o tanto que vi
- E nosso vaivém, vai perto do fim
- A magia corre loucamente de ti p´ra mim
- E, é tão gostoso, aquilo que senti
-
- De: Fernando Ramos

10.08.23
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- 870 - O CONTADOR DE HISTÓRIAS
-
- Cruzei-me na rua com um contador de histórias
- Tinha os lábios secos por tantas histórias contar
- Ele contava-me olhando para as nuvens
- Que elas eram brancas e brilhavam tanto
- Por causa da luz do sol
- Do divino sol que nos aquece a todos
- E o que ele conta, com todo o respeito
- É apenas o que ele conta nas suas histórias
- Falando das suas preciosas viagens
- E do mundo que bem conhecia
- Tão bem como os navegadores de outrora
- Falou-me do muito mar que já viu
- E das estrada que suas
- Velhas pernas já pisaram
- Falava-me dos caminhos e dos trilhos da vida
- Da felicidade e da solidão que nunca
- Sentiu por este mundo fora
- Mas que sabe que muito por aí vai escondida
- Disse-me que, desde que o mundo é mundo
- Foi desenhado e escrito por Deus
- E que sempre existiram percalços na vida
- De momentos mal passados
- Das coisas e das pessoas
- E que ser feliz não é viver apenas
- Bons momentos de alegria
- Mas enfrentar a tristeza com sabedoria
- Falou-me das conchinhas que já tinha
- Encontrado à beira mar
- Bem como dos montes
- Que para ele não tinham segredos
- Ou como dos abraços que foi deixando
- Sem expressar palavras
- Falou-me do mal e do bem
- Que a humanidade religiosamente guarda
- Este é um contador de histórias
- Do nosso tempo onde tudo tem preço
- E nada tem valor, por falta de amor
- Dum tempo que, ó muito me engano
- Precisará cada vez mais
- Dos andarilhos da vida contadores de histórias
-
- de. Fernando Ramos

08.08.23
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- 869 - IRMÃOS
-
- Somos todos irmãos
- Diz Cristo nos Evangelhos
- Ele pede que se dê as mãos
- E seguir seus conselhos
-
- Mas alguns são tão pecadores
- Que deixam Cristo magoado
- Dizendo-se soberanos senhores
- De seu irmão encarcerado
-
- Outros irmãos são do bem
- E Cristo os ama por isso
- São como a luz de Belém
- Num mundo perfeito de juízo
-
- Irmãos, seremos como Cristo quiser
- Na sua piedosa misericórdia
- A paz que chegue ao final que se quer
- P´ra nas famílias terminar a discórdia
-
- Oh Cristo meu redentor
- Faz do irmão por todos, amado
- P´ra terminar penosa dor
- Neste mundo massacrado
-
- de: Fernando Ramos

05.08.23
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- FOLHAS SEM DONO
-
- Sei, que caí as folhas sem dono
- Vorazmente, p´lo vento arremessadas
- De dia à tarde ou nas madrugadas
- Nos límpidos meses de Outono
-
- Sei que voam no vai vem do vento
- Pelos campos, pisadas p´la garotada
- Passando pelo mau tempo da geada
- Que no olhar dum velho vai doendo
-
- E do nada constroem os sonhos
- Dos pintores inspirados pelas folhas
- Fazendo aguarelas nada tristonhas
- Deixando tantos e tantos olhos risonhos
-
- E as folhas caídas são metades iguais
- Para as vidas que por elas passam
- Que sem lhes tocar não ameaçam
- As suas longas viagens naturais
-
- De: Fernando Ramos

03.08.23
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- BEIJO SUMIDO
-
- Faço tudo por teu beijo
- Nem que suba às montanhas da lua
- Sabes bem o quanto desejo
- Sentir o calor da minha pele, na tua
-
- Teus lábios, me levam em perdição
- Ao docemente os beijar
- Não sei porquê, nem porque não
- Por eles morrerei a desejar
-
- Dá-me o beijo que tanto ensejo
- Se for preciso vou p´lo mundo perdido
- Se não mo dás, eu prevejo
- Ser um beijo p´ra sempre sumido
-
- Beija-me, beija-me docemente
- Tua boca na minha, é união
- Por ela escreverei eternamente
- Pela pena que balança na minha mão
-
- De: Fernando Ramos

01.08.23
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- DESEJOS ACORDADOS
-
- Juntas-te a mim em laços de ternura
- Juntei-me a ti em laços de amor
- Eu prisioneiro de ti, é a loucura
- Tu prisioneira de mim, és resplendor
-
- Já não sabemos que fazer
- P´ra desatar nossos nós
- Bem apertados por tanto querer
- No nosso leito, deitados sós
-
- E Perdidos de fascínio e paixão
- Nossos corpos se fintam
- Numa doce pura emoção
- Prós olhos que felizes tilintam
-
- E nosso amor é um recitar de fascínio
- Num poema ofegante de laços
- Poéticos, loucos em desatino
- Escrito por desejos abençoados
-
- De Fernando Ramos