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FERNANDO RAMOS

Minha Poesia


13.10.22

 

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 A VIDA ESPANTA-SE

Dão-nos castigos, ásperos, e ferozes

  • Vem a dor, e o grito da alma
    Surge a bomba, em tarde calma
    Chora o mundo, p´lo feito dos algozes
  •  
  • O silêncio dos justos é perturbado
    A paz estremece, mas não cai
    Uma criança, p’ra sua mãe já não vai
    A solidariedade e o amor, foi baleado
  •  
  • Foram ordens do chantagista!
    Que o homem bomba respeitou
    É um acto cobarde, de mau artista
  •  
  • Lá fora... O mundo levanta-se
    O terrorismo estúpido não ganhou
    A própria vida, espanta-se!
  •  
  • De: Fernando Ramos
  •  


11.10.22

 

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  • ESPERANÇA NO AMOR

  • Olhei p’ra dentro de mim
    Vi um torvelinho de sentimentos
    Esperando por amor sem fim
    Rodeando meus pensamentos
  •  
  • E no céu apareceu um sol
    Dizendo p’ra ter esperança
    Ele agora é o meu farol
    Em meu mar de bonança
  •  
  • Fiz uma espera sem fim
    P’lo amor, sem tormentos
    E ele, não apareceu por aí
  •  
  • De longe olho p’ra estrela
    Lembrando esses momentos 
    Agora a esperança, nem vê-la
  •  
  • De: Fernando Ramos


10.10.22

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 BUSCANDO O IMPOSSIVEL

  •  
  • No ambiente que hoje vivemos
    Algumas verdades 
    Se dizem e comentam
    Como se fossem o símbolo 
    Da certeza e da razão
    Mesmo que não seja a verdade crua
  • Prometem-se perfeitos caminhos 
    Muito bem asfaltados e rodeados
    De beleza que dá prazer aos olhos
    Mesmo que um, apenas um
    De terra batida e de beira agreste 
    Nos leve ao paraíso do Divino
  •  
  • Busca-se a beleza eterna,
    Gastando-se enormes quantias 
    Mas essa beleza,
  • É apenas breve e rápida 
    Tão rápida que nem se dá p’lo tempo
  •  
  • Corre-se atrás do sucesso
    A qualquer preço, 
    Nem que seja aparente
    Ou que se consiga à custa de outros 
    Pisando seus semelhantes 
    Sem qualquer despudor e respeito
  • Procura-se ambientes felizes,
    Onde se prometem a paz, 
    Descanso total, 
    E bem estar p'ra sempre
    Em países maravilhosos
    Mas no fim alguns
  • São pobres de cultura, 
    Pão, e justiça
  •  
  • Querem-se amigos, a qualquer custo
    Alguns por interesses muito duvidosos, 
    Mas esses só aparecem 
    Em locais de glamour
    Os verdadeiros amigos, são muito poucos
    Contam-se p’los dedos
    E um dia, esses
  • Lá estarão na nossa partida
  •  
  • Anseia-se por bons empregos, 
    Carros, mulheres lindas 
    Ou homens charmosos,
    Objectos valiosos 
    Mas coitados...
    Pobres de valor humano
  • Procura-se sempre o máximo,
    O melhor, o paraíso na terra
    Esquecendo-se todos nós
    Que o que se busca 
    Na corrida louca diária
    E com tanta ansiedade,
    Raramente se consegue,
    Ou mesmo nunca se alcança
  • Enfim... somos uns tolos
  •  
  • de: Fernando Ramos


09.10.22

 

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  • MINHA MÃE MARIA
  •  
  • Minha mãe Maria
    Que meu sangue de amor laças
    Estás gravada em meu rosto
    Bendita foste a mulher
    Que este filho deste à luz
    És a mãe abençoada por Deus
    E dos meus desejos sonhadores
    Agora e sempre, até morrer
  •  
  • De: Fernando Ramos


08.10.22

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 LÁBIOS DO MEU AMOR


  • Estou entregue à saudade
    Dos lábios de meu amor
    Beijavam-me com voluptuosidade
    Enlouquecendo os meus, de furor
  •  
  • Partiram, e fiquei só
    Perdi seu doce sabor
    De mim não tenham dó
    Sou culpado, recebo a dor
  •  
  • Eles são tão sensuais
    Agora já não são meus
    Perdi valiosos cristais
  •  
  • Apenas resta-me a lembrança
    E ensaio um final adeus 
    Dos lábios da minha insegurança
  •  
  • De: Fernando Ramos


06.10.22

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 ANOS DE MIL E QUINHENTOS


  • Em ondas caprichosas navegavam
  • Homens de enorme valentia 
    Num mar salgado se entregavam
    Ao vento forte, e ao de calmaria
  •  
  • E nesse vai-vem ondular
    Musas encontravam de passagem
    Um poeta lhes dizia, ir capitanear
    A Nau que levava gente de coragem
  •  
  • Iam p’ra terras longínquas
    Buscar ouro e organdins
    Já de descobertas sabidas
  •  
  • Dum país pequeno, e de crentes
    Donos das terras lá dos confins 
    Em anos de mil e quinhentos
  •  
  • de: Fernando Ramos


04.10.22

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  • LIRIOS CHARMOSOS
  •  
  • Percorro a estrada, em fadiga
    Olhando os lírios amarelos na sua beira
    São de beleza tão apetecida
    Buscando a esperança, que se esgueira
  •  
  • E neste pensamento estonteante
    Surge a lágrima em meu rosto
    Caindo-me a tristeza alucinante
    P’ra meu total desgosto
  •  
  • Os lírios são minha adoração
    Trazem colorida redenção
    Vê-los, alegram-me o coração
    Já cansado, velho, e sem ilusão
  •  
  • E no final, da vida vencida
    Sorriu aos lírios charmosos
    Que presentearam alegria sentida
    Aos meus caminhos espinhosos
  •  

De: Fernando Ramos
19.10.2006

 


02.10.22

 

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  • SEI DE ONDE VIM
  •  
  • Eu bem sei de onde vim
    Mas não saberei p’ra onde parto
    Vim dum lugar bonito, sim
    Será que irei p’ra um lugar farto?
  • Sei muito bem de onde vim
    Dum pais de grandes senhores
    Não julgue que foi por aí
    É dum lugar de bons valores
  •  
  • Sou daqui e do mundo
    E não do diabo a quatro
    Esse, é de desgosto profundo
    Onde a vida é um teatro
  • Meu lugar, é de todo lado
    Do mundo, da arte, e da vida
    Está no destino escriturado 
    Até, meu dia da partida
  •  
  • Sabem afinal de onde vim?
    Sou filho do criador
    Minha pátria é esta aqui
    Onde nasci de muito amor
  •  
  • De: Fernando Ramos


01.10.22

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A VOLTA DO MENDIGO

Pela rua deserta
O mendigo vai perambulando 
Em busca de um refugio
Que o protegerá do frio
E que o confortará, 
No fim da sua volta de espinhos
Que o levou p’los 
Caminhos habituais

Sua mão leva a desgraça
Que num abrir e fechar
Deixa-lhe a vida vazia de nada
Ele é o alcoólico
Que a sociedade construiu
E com o passar dos anos
Sua alma se encarregou de destruir

Numa passada lenta
Vai resmungão
Com a garrafa vazia do néctar
De seu bem estar
Que bem dele precisava 
P’rá noite triste e gélida
Pensando, que só o Deus Baco 
O poderá ajudar
Daquela vida boémia e cruel

Ele já pouco se importa
As mágoas são banhadas 
No liquido da maldita garrafa 
Agora tristemente vazia
Ó pobre destino
Porque és tão severo
Pró triste mendigo
Que na sua vida, 
Apenas tem sido

Teu simples servo

de: Fernando Ramos

Pág. 2/2

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