Alguém chora sua tristeza Na raiva que emaranha a dor É um momento de pura fraqueza Sente-se enganada no seu amor Jamais conseguirá perdoar Uma traição tristemente cometida Por quem ela julgava que a ia amar E à sua paixão, fez-lhe uma partida
E num fado de amor e razão Sua dor é muito lembrada Gemendo guitarras, esta desilusão P’la perda da pessoa amada Hoje, ao divino suplica paixão Que não há meio de voltar a ter Seu coração diz sempre que não E de outra desilusão não quer padecer
Vive só, em sofrimento Num turbilhão de queixumes Perdoar, é cair no esquecimento E surgirá dor de dois gumes Quem traiu não volta mais Pensa assim seu sentimento Não voltará a suspirar mais ais Por quem lhe trouxe tal tormento
Minhas noites, Tem o peso da música, Que entontece a alma Ao som de um bolero, Ou de uma cantata de Bach
Minhas noites, Tem o caminho das recordações Que surgem com a lágrima marota Que teimosamente não cai Na imensidão da dor
Minhas noites, Tem o sentido das palavras Que escuto Trazendo-me o conhecimento Ou até daquelas palavras Nunca ditas, Mas perfeitamente Compreendidas num Olhar cúmplice
Minhas noites, Tem a tristeza da solidão Que insiste não ter fim, E que me persegue Até as noites terminarem
Vai nas tuas asas filha amada Nosso coração cansado e partido Uma brilhante luz de prata de fada Trouxe-te o futuro esperado do cúpido
És a nossa graciosa avezinha Bateste asas, saíste do nosso ninho Segues teus sonhos querida Joaninha Herdamos a lágrima caída devagarinho
Teu suave perfume se exala p’lo ar Na triste saudade que não tem fim Nosso ouro encontrou o sonho de amar Guardamos tua ternura de cetim
Teu lugar será sempre no meio de nós Tua áurea nos acompanha até morrer Sem ti no lar, estamos tristes e sós Só o teu amor nos dá força p’ra viver
A saudade, bate forte nestes corações P’la nossa menina de saborosos miminhos Recordamos beijos fortes de emoções Em nossos rostos repletos de beijinhos
Amamos a luz que cintila em teu olhar
Escutamos o bater forte do teu coração
Sentimos emoção por ele nos confessar
Que nós somos a tua eterna paixão
Serás sempre nossa flor de formosura
E voaremos nas tuas asas, seguramente Deus te proteja, com seu olhar de doçura Querida filha, que te amamos loucamente
Ó esperança não fujas Deste meu sentido vasto Que na bruma da noite Me incómoda no leito Tu que és guarda da solidão Do meu inóspito peito
Nas madrugadas solitárias
Brandamente surges no sono Vindo de caminhos tumultuosos Trazendo o mensageiro incolor Que voa em perfumes preciosos Distribuíndo seu leve odor
E a doce esperança fugida Que vagueia no ar Recebida em meu coração Ofertando-me de ilusão Enchendo a alma De odores de sua razão
Empregnados de fidelidade a Deus Meu rei, e senhor da esperança Que a todos guarda sem pudor Na sua boa cristandade No meio de servos escolhidos Que juram paz, e liberdade
Mas amar, Amar de verdade É sentir o arrepiar da pele Quando vem a saudade Dos murmúrios de amor Que é a razão de sonhar É estar empregnado no mel Da bonita lembrança dos Nossos pequenos nadas
Mas amar, Amar de verdade É ser feliz, Muito feliz P’lo sorriso de paixão Que beija o sol p’la manhã Quando não despertamos sós
Mas amar, Amar de verdade É aceitar os defeitos. Não ter preconceitos Agarrar a esperança vadia P’ra não se perder num tempo
Mas amar, Amar de verdade É respeitar os silêncios O voar das borboletas A felicidade da criança, Quando golfa os lindos seios nus De sua mãe