Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

FERNANDO RAMOS

Minha Poesia


30.09.22

 

709 fr (2).jpg

  • TUA AUSÊNCIA
  •  
  • Vou observando teus silêncios
    E neles vou encontrando 
    o que procuro
    São desejos dos teus perfumes,
    Do teu olhar, do teu sorriso, 
    E dos nossos fins de tarde

  • No jardim próximo de nossa casa 
    Quando olhávamos o escapar do sol 
    Envolvendo-se no horizonte
  • Observava teus silêncios
    Neles vejo minha alma
    Que se vai lambuzando 
    Em recordações de teu amor
    Que me oferecias nessas tardes 
    De céu azul e quente, 
    Tão quente como meu coração
  • E de todas as verdades,
    As nossas verdades
  •  
  • Nesse teu silêncio, que seduz
    E me encanta
    Revejo a cumplicidade
    Num gozo, que era a nossa total paixão
    Como se fosse uma tontice adolescente
    Como tantas outras 
    Que por nossos puros momento passaram 
    Agora, apenas resta teus silêncios
    E tua ausência
    Que me cortam a saudade empregnada 
    Das tuas fragrâncias que agora vêem 
    Das estrelas que me observam,
    E eu aqui só 
    No jardim das nossas verdades
    E também da minha tristeza
  •  
  • de: Fernando Ramos


28.09.22

 

708 fr (2).jpg

  •  JARDIM DE CRAVOS
  •  
  • És o sol, e água da vida
  • Que todos os dias almejo
    Abasteces-me a alma sofrida
    Que de ti, sente tanto desejo
  •  
  • És um mundo que gira só p’ra mim
    E alegria do nosso jardim de cravos
    Meu coração, agora vagueia por aí
    Bebendo tua ausência aos tragos
  •  
  • És tudo p’ra mim, meu amor
    Solta de meu peito, a vil dor
    Tua saída na vida foi um acaso
  •  
  • Sei que desejas com furor
    Voltares ao jardim de esplendor
    Abraçando o amor no seu pedaço
  •  
  • De: Fernando Ramos
  •  


26.09.22

 

707 fr (2).jpg

  • SEREI COMO UM CONDOR LIVRE
  •  
  • Serei como um condor livre
    Voando de copa em copa
    Ouvindo o rugido do tigre
    Busca a presa, viva ou morta
  •  
  • E voarei p’los brilhantes céus
    Acenando à vida, e à natureza
    Avistarei mulheres de negros véus
    Das guerras que lhes trazem tristeza
  •  
  • E assim serei tão livre
    Mas da maldade terei de fugir
    Voarei nas nuvens que não obrigue
    Desta vida, ter de me despedir
  •  
  • Quero ser como o Condor
    Buscando minha liberdade
    Num mundo que não haja dor
    P’ra não sentir infelicidade
  •  
  • De: Fernando Ramos


24.09.22

706 fr (2).jpg

SAUDADE DE TEUS LÁBIOS

 

Vou de mãos dadas na saudade
Dos teus lindos e meigos lábios
É enorme minha ansiedade
Por seus beijos doces e sábios

 

Eles eram o meu grato prazer
Que me aqueciam de paixão
Sonho p’ra sempre os ter
Não, não é pura ilusão

 

Saudade, é a falta que dói
Dos teus lábios sonhadores
Ao meu coração, ela rói
Causando tantos clamores

 

São a cor, que só eu vejo
E o ardor de minha vida
Tanto esses lábios desejo
Na delirante esperança florida

De: Fernando Ramos


22.09.22

705 fr (2).jpg

  • FELIZ AMANDO

 Vou Sendo feliz amando
A natureza, as crianças
Amando a família, os velhos
Os amigos, a pátria

Amando-te perdidamente
Até o raiar do dia
Acendendo a chama
Da felicidade que chega
Na alvorada em apoteose

 

Vou sendo feliz amando o mar 
Num profundo amar
E nele vou navegando ao vento 
Deslizando o meu amor
No sentido do mistério da Natureza

Na sua inteira razão

 

de: Fernando Ramos


20.09.22

  •  

    704 fr (2).jpg

    SERÁ LEI

Sei bem, que um dia será lei
passear no verde prado
Olhar os lírios na planície
Embelezando exuberantemente 
a mãe natureza

Será lei, no Outono pisar 
as folhas vadias 
nos jardins que calam 
minha alma

Será lei, na primavera
passear com meu amor,
e sentir a fragrância marota 
das flores silvestres 
nas frescas manhãs

Sei bem que tudo isto será lei!

De: Fernando Ramos


19.09.22

703 fr (2).jpg

MUSAS

 Na crista da onda
Musas navegam à bolina
Que na força do vento
Querem chegar a um destino 
Já jurado, e traçado

 

Elas irão encontrar rochas
Gastas por pedaços de tempo
Vão no desígnio do divino
Procurando seu refugio merecido,
Chegando sabe-se lá quando!

 

Talvez ao anoitecer,
Num pleno inverno
Cujos pingos de chuva 
As receberão numa praia,
Onde o brando som das marés
Certamente as convidará a ficar

 

Elas, chegarão com Deus
Que lhes oferece gomes de luz
Alumiando-lhes a alma
Na força poética

Do momento de chegada

 

E as Musas viajantes
Sabem perfeitamente que as ondas 
Companheiras se despedirão 
Ali na beirinha daquela praia 
Entregando-as nos braços das rochas
Que as irão abraçar
E acolher na sua dureza

 

de: Fernando Ramos


18.09.22

 

702 fr (2).jpg

 MALES PERFEITOS

 Arvores se curvam na idade
Rochas se desgastam p´las ondas
Florestas ardem com o fogo
Nós capitulamos no tempo

Assim é o ciclo da vida 

Das coisas, da natureza
Até o ar que se respira tem um fim

Se o homem, continuar
Na insensatez, 
E na sua falta de vergonha 
De não conservar, conservar
Sempre conservar
Terá seu fim rápido

Mas que importa...
Seu egoísmo é mais forte
Então, caminha na penumbra 
P’ro túmulo dos chacais
E dos males perfeitos

 

De: Fernando Ramos


17.09.22

701 (2).jpg

A OPERA DA LIBERDADE

 Hoje foi a opera de Mozartt
Amanhã o que será?
Vai-se esfumando a minha liberdade, 
A tua liberdade!
Querem-nos castrar p’lo terror
Querem-nos emaranhar na teia
Que vai tecendo
O que está acontecer mundo?
Só porque uso a liberdade
De amar nos jardins,
Só porque digo não,
Ao oportunismo, ao sadismo
Ao fascismo, a todos os “ismos”.
À anti cultura
Querem-me controlar?
E a minha liberdade? 
A minha religião
O meu amor pela arte,
A independência, e as conquistas 
Dos nossos antepassados, 
Onde param?
Que se passa mundo!
Só porque somos diferentes, 
Temos de ter medo?
Não podemos ceder à chantagem!
Quero a minha opera de Liberdade, já!!!

 

De: Fernando Ramos


16.09.22

 

700 fr (1).jpg

   INVERNO DE MIL ÁGUAS

 Porque será que a folha cai
quando o Outono chega?
E ao cair da folha,
A nostalgia nos invade
Parece que o tempo

Vagarosamente passa 
A tristeza fica nossa companheira
E a angustia toma conta de nós
Tornando a vida numa cor bizarra
A solidão torna-se delorosa 
Nada há a fazer...

Esperamos que o Inverno 
Nos entre p’la porta, 
E que o crepitar da lenha

Ardendo na lareira 
Siga seu rumo, entre labaredas 
Aquecendo-nos dos dias frios 
Não há mesmo nada a fazer
Senão esperar p’la chegada 
Do senhor Inverno de mil águas 
E aconchegar-nos 
Junto da brasa acesa

 

Sentindo a branda quentura da lenha
E lendo aquele livro há muito guardado
Ou até folhearmos a nossa memória 
De outros Invernos tão agrestes 
Passados à beira da mesma lareira
Que é o tesouro do nosso quintal
Onde cochichamos segredinhos
Nas noites que fazem do sono rei 
E das madrugadas a rainha

 

 

de: Fernando Ramos

Pág. 1/3

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D