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FERNANDO RAMOS

Minha Poesia


18.08.22

 

676 fr.jpg

  • GANHAR A PAZ
  •  
  • Só se ganha a guerra contra o terrorismo
    Promovendo a paz, a paz dos espíritos
    A paz das almas, a paz dos homens
  • Não se pode promover a paz,
    Falando da guerra, cheirando a guerra
    Promovendo a guerra, p´la guerra
    A paz surge, quando o homem quiser
    A paz virá numa asa da cultura,
    Do amor, e de se respeitar o outro
  • A paz não é cara, cara é a guerra
    Os pobres não tem dinheiro p’ra guerra
    Mas tem para a paz, e pró amor
    É só o ser humano dar um jeito,
    Dar uma oportunidade, dar um sonho
    Deixar entrar a esperança, que vai batendo
  • Só se ganha a guerra, deixando todos,
    Mas todos, sonharem com a paz,
    Sonhar com a igualdade, solidariedade
    Vamos ganhar a paz, o sorriso da criança
    Ganhar a natureza que castigamos
    Ganhar o bem, distribuindo amor

 

De: Fernando Ramos


16.08.22

 

675 fr (1).jpg

  • PALAVRAS BEBIDAS
  •  
  • São palavras,
    Palavras bebidas até seu final
    Palavras que nos dizem muito, 
    Ou quase nada
    Palavras, singelas, 
    Palavras de dor, raiva
    Palavras de amor
    Mas são sempre palavras
    De algo da nossa vida
    Ou até do momento
    Palavras que libertam um grito
    De revolta, terror, ou de humilhação
    São as meras palavras que enchem
    Um circulo de prazer, ou não
    Palavras soltas, 
    Compostas de quimeras
    Até mesmo de inspiração
    Não passam apenas 
    De palavras agridoce, 
    E bebidas pelo cálix da vida
  •  

De: Fernando Ramos


15.08.22

 

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674 - PAZ CELESTINA

(soneto)

Receberei da fé, a chama intensa
Que elevará o espirito ao firmamento
Ela se tronará, minha boa crença
Seguindo-me, até ao chamamento

Meu espirito segue a lei de Deus
Que faz de mim um melhor filho
Serei ovelha de rebanhos seus
Buscando estrada, de bom caminho

A procuro com enorme ansiedade
Na esperança de alcançar a paz celestina
Que me fará cristão em sua liberdade

Agradecerei p’ra sempre ao redentor
Por me acolher na sua graça divina
Onde serei fiel, ao Cristo Senhor

 

De: Fernando Ramos
11.9.2006


13.08.22

673 fr (1).jpg

  • POEMAS DE PAIXÃO
  •  
  • Se o fado cantasse na língua dos Anjos
    O ar dissipava poemas de paixão
    Seriam belos, e livres de arranjos
    P’ra não criarem triste desilusão
  • Assim... Canto na língua dos homens
    Minha pobre poesia burilada
    Ouvem-na alguns, e até os jovens
    Seja ela, mal ou bem cantada

    Esta língua, que é de Camões
    A canto, à doce pátria mãe
    Em fados, emociono corações
    Não dos Anjos, mas de alguém
  • E nas noites boémias da vida
    Eu quero é sempre o fado cantar
    Com guitarras de gente amiga
    P’ra que Anjos, possam escutar
  •  
  • De: Fernando Ramos


11.08.22

672 fr.jpg

  • ATRAVESSAR O VELHO RIO TEJO
  •  
  • Atravessar o velho rio Tejo
    É alcançar a grande cidade
    Nas margens, viveu-se o desejo
    Do bom sabor da liberdade
    P’la ponte se atravessa o rio
    E na portagem se tem de passar
    Muitos, fazem-no dias a fio
    P’ra no outro lado trabalhar
  •  
  • E nas gentes deste lado do rio
    Moram pedaços da esperança
    Caminha por vidas sem desvio
    Em busca de rica herança
    E os da outra margem (Lisboa)
    Vêem chegadas, em corrupio
    A capital recebe tanta coragem
    Dum povo que atravessa seu rio
  •  
  • De: Fernando Ramos


09.08.22

 

671 fr.jpg

  • VOZ ATREVIDA 
  •  
  • O xaile, afaga-lhe seu corpo franzino 
    E ela, como uma borboleta vaidosa 
    Mariposeia-se num fado cristalino
    Movendo o rosto, lindo como a rosa
  •  
  • Vive bem na Lisboa de seus sonhos
    Onde a dor na sua voz é um hino
    Cantando alguns poemas tristonhos
    Bem bebidos num cálix divino
  •  
  • Mariza, no seu orgulho artista 
    Presenteia-nos poesia à vida
    E num grande fervor fadista 
    Enlaça a melodia na voz atrevida   
  •  
  • Trauteando bonitos fados famosos
    Passeia por vielas, e becos apetecidos
    Acena ao povo em gestos formosos
    Ofertando graça em poemas sentidos

    No fado, emana charme e carisma
    Quando se expõe à velha guitarra
    Oferece sensualidade sem sofisma
    Em poemas que seu cantar agarra
  •  
  • E no bairro boémio da Mouraria
    Mariza, é rainha da noite encantada
    Muitos a ouvem até ser dia
    Chorando ela amor, emocionada 

    De: Fernando Ramos


07.08.22

 

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  • A LOUCURA NO OÁSIS
  •  
  • À entrada do Oásis, no médio Oriente
    espalham-se gritos de desespero
    A morte ronda p’lo cérebro de outros
    que de tirania, em tirania, chegam à guerra
    mais suja, mais hipócrita e mais cínica,
    que a humanidade em outros tempos 
    também já tem conhecido
    E naquele Oásis, vai-se de má política,
    em má política, até chegarem ao túmulo
    como um ritual, onde os actores do mal 
    geralmente são sempre os mesmos
    Ali, o perdão parece não existir
  • E em cada rebentamento, 
    por cada corpo tombado
    floresce mais ódio dentro do Oásis,
    bem dentro dos trilhos
    demasiados perigosos, 
    p’ra homens de boa vontade
    E os vivos de paz, 
    escondidos em escombros pensam 
    que todos os dias vão morrer, 
    lamentando-se da sua triste existência,
  • pobres existencias.
  • A compaixão de alguns, 
    não passa de salpicos de inverno 
    que vê jorrar o sangue dos inocentes,
    não se querendo aparceber dos suplícios,
    e dos gemidos de adultos e crianças,
    que se fazem ouvir naquele inferno,
    onde a loucura tomou conta da primeira
    fila do átrio podre da guerra,
    que se vai desenvolvendo em espiral
    Num pesadelo estúpido, e delirante,
    promovido p’los senhores todos poderosos.
  • Ali, soldados de botas cardadas de crime
    vagueiam dentro do seu terror, 
    causando o apocalipse daquele território,
    aos inocentes que nada querem ter a ver 
    com a guerra, e que apenas pedem paz 
    A paz dos silêncios que demora em chegar 
    Esperando e insistindo sempre na 
    boa vontade dos homens, 
    que vão querendo gerir o mundo,
    no sentido contrário aquele horror.
  • Na porta de passagem para o Oásis, 
    ansiosamente por entrar
    está alguma esperança,
    também ela querendo dar mais 
    uma oportunidade a sonhos de vidas 
    que lá dentro, tontamente são perdidos
    Acontecendo isto, de dinastia em dinastia 
    até chegarem ao ódio, 
    que cada vez mais leva a mais ódio
    nunca promovendo a paz,
  • Oxalá eu me engane!
  •  
  • de: Fernando Ramos


05.08.22

 

669 fr (1).jpg

 

  • VIAJANDO PELO DESTINO
  •  
  • Nosso destino é uma viagem
    Longa, muito longa, ou menos longa
    Seja de avião, comboio, charrete, 
    Carro, ou outro transporte qualquer
    Sempre repleto de embarques,
  • Ou desembarques 
    E pelo tempo, sempre surgem novidades
  • Das confusões da vida 
    Umas agradáveis, outras desagradáveis 
  • Nas estações, ou aeroportos onde se pára
    Trazendo quase sempre aquela surpresa 
    Triste, ou alegre, tudo depende...
  •  
  • Quando subimos pró transporte do destino
    Encontramos outras pessoas, 
    Que como nós, nada sabem 
    Do que vão encontrar
    Estando connosco na mesma incerteza 
    De viagem, sendo até os nossos queridos pais
    Que numa estação próxima, o destino nos faz 
    Uma partida!
  • Pára onde não deve, e os faz sair
    Abrindo um enorme vazio na nossa vida
    Perdemos seu amor, carinho, amizade
    Ficando nós, privados, da sua 
    Companhia insubstituível
  •  
  • Em outros cais, aeroportos ou estações,
    Por vezes entram pessoas que acabam 
    Por serem também muito importantes
  • p’ra nós, e até especiais,
  • Muito especiais mesmo 
    Que nos acompanham até à saída 
    Do fim da nossa estação 
    Terminando aí, o nosso desafio
    Da viagem de avião, ou de outro transporte
    Nosso destino é como uma viagem que Deus
    Marca no nosso roteiro de vida
    Só temos é de nos instalarmos, e de partir 
    Ao encontro do que ele nos reservou
  •  
  • de: Fernando Ramos


03.08.22

668 fr.jpg

  • SUSPIRAR À LUA
  •  
  • Suspirei à lua, minha amiga na noite
    Fiz poemas à rosa, que encontrei na rua 
    Ouvi escravos falarem, do vil açoite
    E da fome, sua doença nua
  • Sob o olhar da lua, eu vislumbrei
    Noites boas, que me trazem emoção
    Ofereci poemas à lua, e também chorei
    P’la liberdade dos escravos, que é ilusão
  •  
  • Se a escravidão acabar, eu cantarei
    À Lua, por quem ando a suspirar 
    E em noites de inspiração, também farei 
    Mais poesia à rosa, pró trovador cantar
  • Suspiro à lua, e estou gostando 
    As suas noites são de enorme paixão
    Poemas à rosa vou declamando
    Mas, à boca dos escravos, não chega pão
  •  
  • Por isso sua fome não tem fim à vista 
    Nem há mais noites de luar, inspiradas 
    A rosa murchou, nem à poesia que resista 
    À hipocrisia do mundo, de lágrimas deitadas
  •  
  • De: Fernando Ramos


01.08.22

667 fr.jpg

  •  SOLITÁRIA
  •  
  • Andar só, e perdida
    É como um barco à deriva
    Navegando ao sabor da bolina
    Na onda da maré viva
  • E bem no meio da maré
    A solidão vai presente
    O coração perde a fé
    E sinto o meu Deus ausente
  •  
  • Esta desilusão é enorme
    Minha vida dá que pensar
    Rogo p’ra que ele me conforme
    E não deixe, neste mar desdenhar
  • Decerto serei escutada
    Na minha prece diária
    Deus não me deixará desolada
    Nem neste oceano, solitária
  •  
  • Vai trazer-me um marinheiro
    Que comigo fará vida 
    Num destino, feliz e certeiro
    E com ele encontrarei a fé perdida
  •  
  • De: Fernando Ramos 

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