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FERNANDO RAMOS

Minha Poesia


30.07.22

 

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  • FINTAR O DESTINO
  •  
  • Na orvalhada da madrugada 
    Isabel finta seu destino traçado
    E num acto de coragem, ali na calçada
    Ela decide o abandono de seu pecado
    Tido aos pedaços p’las noites fora
    Onde pica o ponto de sua miséria

  • Homens, com ela se deitam na hora
    Sonhando nos braços, da galdéria
  • Que a desejam ardentemente
    Nessa vida de loucos momentos

  • Ela agora, vai fintar o destino presente
    Abençoando o fim de seus tormentos
    Porque a coragem a levou a tal decisão
    E p’ra ela, outro mundo sorri
    Ofertando-lhe boas vindas ao coração
    Com um novo e feliz destino p’ra si
  •  
  • Isabel, batia as madrugadas de solidão
    Com seu corpo fino e gracioso
    Hoje finta o destino, de vidas de ilusão
    Num aprumo certo e precioso
  •  
  • De: Fernando Ramos


28.07.22

 

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  • CAIXA DE SEGREDOS
  •  
  • Abri a nossa caixa de segredos
    Não sentindo qualquer receio
    Vi velhos livros, sem medos
    Que estavam lá p’lo meio
  • Li também as nossas cartas
    E tanta paixão se escrevem nelas
    Frases lindas nunca fartas
    Já relidas em tardes belas
  •  
  • E nós, agora no velho jardim
    Recordamos tudo isso
    Sorrimos quando lemos no fim
    "Beijos de amor sem juízo"
  • E na caixa de coisas bonitas guardadas       
    Lá estão também algumas promessas
    Umas cumpridas, outras não encontradas   
  • Mas destas já tivemos conversas
  •  
  • Ao remexer melhor na caixa
    Num livro, encontrei uma bela flor
    Que comprei um dia na baixa
    Hoje, é o símbolo do nosso puro amor
  •  
  • De: Fernando Ramos


26.07.22

 

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  • EU TOCO MEU AMOR
  •  
  • Por teu sorriso de pureza
    Por esse olhar celestial
    Por murmúrios de gentileza
    Eu toco meu amor
    P’ra sentir essa alegria
    P’ra tua virtude Angelical
    P’ra te amar com sabedoria
    Eu toco meu amor
    Porque vais em meus sonhos
    Porque somos um feliz casal
    Porque gostamos de dias risonhos
    Eu toco meu amor
    Quando caminhamos P´lo jardim
    Quando escutamos o vendaval
    Quando da vida fazemos um festim
  • Quando ela é o nosso bom astral  
  • Eu toco meu amor
  •  
  • De: Fernando Ramos


24.07.22

 

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  • O ESTALAR DA CHIBATA
  •  
  • As praias Africanas
    Recordam linhas tortas escritas na história
    Em livros, conta-se o trafico dos escravos 
    Levados durante centenas de anos
    Nos tombadilhos das Naus e Caravelas
    Repletos de legiões de homens, e mulheres 
    Cujo seu único crime era de serem negros
  •  
  • P´la ponta da chibata eram dominados
    Sem qualquer respeito p’la vida humana
    Por caçadores negociantes que os venderiam
    Aos senhores de dinheiro de vários locais
    Como das Antilhas, da América e da Europa
  • Seus donos de chicote na mão os compravam
    A negreiros para trabalharem nos engenhos 
    Nas minas ou nas sanzalas
  • E sem qualquer escrúpulo pelo seu irmão 
    De cor diferente, "os ditos senhores"
  • Os tratava pior que ‘coisas’, 
    Tirando-lhes a vida num prazer sarcástico
    Difícil de entender
  •  
  • Estes seres cuja a diferença era a cor negra 
    Viviam sem fé, sem esperança, e sem sorriso
    Acumulando apenas ódio 
    P’lo seu senhor e patrão 
    Que lhes matava a liberdade, a família,
  • E a dignidade, sob o estalar da chibata

  • Eram arrancados de sua terra mãe 
    E levados sem regresso, perdendo-se pelo mundo
  • Homens e mulheres da cor de sua desgraça
    Que eram negociados a belo prazer pelos seus
    Todos poderosos proprietários
    Que não passavam de “reles” homens brancos
    Que os roubavam para serem escravizados 
    Nas sanzalas, e reprodutores de mais escravos
  • Que depois seriam retirados 
    A suas mães, mal que nasciam 
    A fim de serem negociados p´ra estupidez 
    Dos senhores das roças
    Que eram o símbolo louco, da altura
  •  
  • Será que foi só um acto miserável 
    Cometido nessa época?
    Ou será que hoje
    Aí num lugar qualquer sem Deus 
    Ainda haverá a mesma
    Loucura do homem branco?
  •  
  • de: Fernando Ramos


22.07.22

 

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  • MEUS POEMAS
  •  
  • Vós que leis meus poemas
    De sentimento e emoção
    Não trazem penosas algemas
    São minha pura imaginação
  •  
  • São de vidas sem igual
    Esta é uma verdade
    Pousam em folhas sem final 
    Brotando alegria e saudade
  •  
  • Apenas escrevo com alma
    Palavras repletas de ternura
    Poderão ser de poesia calma
    P’ró dia-a-dia de loucura
  •  
  • Vós que leis meus poemas
    Agradeço essa gentileza
    Tento descrever razões amenas 
    Imaginadas com nobreza
  •  
  • de: Fernando Ramos


20.07.22

 

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  • VIDA SEM ESPINHOS
  •  
  • Agradeço eternamente a Deus
    P'lo bom que me acontece
    São ofertas de bens seus
    Que na minha vida floresce
  •  
  • Mas quando isso não sucede
    Choro de tristeza sem fim
    Porquê, porquê, isto acontece?
    Pergunta tonta de mim
  •  
  • Respostas surgem no dia, a dia
    O bom é difícil ser oferecido
    É o sacrifício que o cria
    O mau é fácil, e não apetecido
  •  
  • Nossa passagem tem espinhos
    Nem tudo é arco-íris de mil cores
    Só temos de ir por bons caminhos
    P'ra receberemos a vida, sem dores
  •  
  • De: Fernando Ramos


18.07.22

 

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  • SE EU DOMINASSE O MUNDO
  •  
  • Se eu dominasse o mundo
    Terminava com a "coisa má" 
  • Penhorava meu sorriso profundo
    Ao bem que a natureza dá 
    P´ra corações de bem fecundo
  • Ganharia o dom da profecia 
    Ofertava a Paz pró sustento à vida 
    E o mal deste mundo varreria 

  • A justiça assim venceria 
    À guerra que seria corrida
  • O nosso mundo muito se amaria 
    E o choro da mãe terminaria 
  • Decretava Santa alegria 
    E amarem-se, eu obrigaria 
    Em jardins de muita magia
  • E a curiosa lua sorriria
  •  
  • Se eu dominasse o mundo 
    Haveria sempre boa comida 
    A miséria iria ao fundo 
    A paz seria bem sucedida 
    A iinveja se perdia num segundo
  •  
  • De : Fernando Ramos


17.07.22

 

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  • NOVO TESOURO
  •  
  • Escrevo partilhando a emoção 
    que hoje sinto
    Entrou p’la minha porta da casa 
    alguém que não via
    faz algumas primaveras
    Foi como se tivesse recebido um doce, 
    o melhor doce do mundo
    A mais saborosa iguaria que alguma vez 
    alguém ofereceu num dia sem esperança
  • E da maneira algo majestosa vos digo, 
    foi um momento mágico!
    Único p’ra meu pobre coração
    que tem andado a beber a dor aos tragos
  •  
    Alguém regressou
    p’ra minha casa, a sua casa!
    Que tanto tempo esperou por ela,
    derramando seu perfume
  • se mantém empregnado
  • Estou muito feliz!
    Ela perdeu-se nas teias da má vida,
    p’las casas de chuto da maldita droga 
    de sonhos fáceis
    Mas o bom Deus, lhe mostrou a luz
    E a colocou no seu bom caminho 
    Sou um homem feliz, tão feliz
    como se descobri-se novo tesouro
  •  
  • De: fernando Ramos


14.07.22

 

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 ENCONTREI MINHA LUZ

  •  
  • Frequentei maus trilhos da vida
    Vagueava sem rumo, sem lutar
    Vivi no inferno, que dava ferida
    Sem ter ninguém para amar
  • Tantos, tantos, eram meus dilemas
    Com poucas, ou com muitas razões
    Não sei quantos mil problemas
    Repletos de negrejantes ilusões
  •  
  • Depois de enormes caminhadas
    Cansei o horizonte de andar a pé
    Registando todas as pegadas
    Sem nunca, nunca encontrar a fé
  • O enorme mundo quis agarrar
    Era o meu sonho profundo
    Nele andei sempre a pecar
    Choro este acto, vil e imundo
  •  
  • Finalmente encontrei minha luz
    Nas asas do Anjo amigo
    Agradeço o fim da triste cruz
    Deixei de ser o vagabundo perdido
  •  
  • De: Fernando Ramos


12.07.22

   

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  • MEU POEMA
  •  
  • No despertar da minha inspiração,
    E de olhos bem cansados
    P’la noite dentro surge um poema 
    Que vai tecendo nas teias  
    Dos meus pareceres de vida 

  • Vou escrevendo em palavras
  • O sentimento que vai soluçando 
    Em letras de tinta preta
    Expremindo o amor, a solidão, 
    E a indiferença que me perturba
    Que vou desenhando em poesia 
    Num papel branco, 
    Tão branco como a pomba da paz,
    Que minha mente tanto almeja
  •  
  • Por momentos repouso
  • E meus dedos impacientemente 
  • Vão aguardando que a inspiração 
    Surja rápida como cometa,
  • P’ra escrever em letras de ouro,
  • Palavras simbolizadas
  • E não desfocadas
    Da realidade que me cerca
    Eles, que me façam escrever 
    Sem parar até ao final 
    Da minha pobre poesia,
  • Parando só nas altas horas
  • da madrugada
  • Deixando a inspiração descansar
  • Até ao próximo momento
  • Que lhe apeteça
  • P´ra uma longa vontade
  • desmedida

  • de: fernando Ramos

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