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FERNANDO RAMOS

Minha Poesia


10.03.22

580.jpg

  •   PROCURA-SE A ESPERANÇA
  •  
  • A esperança, por aí se encontra
    Neste profundo mar de contrastes
    Onde, vagas alterosas afronta
    A canoa de sonhos, que herdastes
  •  
  • Nela, buscamos a esperança
    Uma causa perdida de tanta gente
    Resta a solidão como herança
    Da incerteza que se pressente
  •  
  • Penso que a iremos encontrar
    Em mar alto, mais dia menos dia
    Num lugar a esperança deve acostar
    Não desaparece assim por magia
  •  
  • Ela é a grande força de viver
    P’ra tantos que vão desiludidos
    Se não aparece, alguns vão obscurecer
    E seus sonhos, nela perdidos
  •  
  • Esperança, não faças mais esperar
    Oferece-nos rosas de lindas cores
    Andam lágrimas por ti a deitar
    De tristeza que nos causa dores
  •  
  • Nós, navegamos na velha canoa
    À bolina, na crista da onda calma
    Esperança, és ilusão de muita gente boa
    Vives em lágrimas gravadas na alma
  •  
  • De: Fernando Ramos
  •  


09.03.22

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  • OBSESSÃO DESMEDIDA
  •  
  • Obsessão por um amor
    Pode trazer desilusão
    Se vem cheio de fulgor
    Decerto se perde a razão
  •  
  • Algumas vezes ela é dor
    que muito nos desassossega
    Quase sempre é por um amor
    a quem o coração se entrega
  •  
  • Leva-nos à paixão desmedida
    Que é, a nossa grande loucura
    Deixa no coração uma ferida
    Que em nossa vida perdura
  •  
  • E se não temos cuidado
    Pode-se morrer por ela
    E será um triste fado
    Se não nos livrarmos dela

  • De: Fernando Ramos
  •  


08.03.22

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  • ENCONTREI UMA NINFA
  •  
  • A vida triste de vagabundo
    levou-me a um oceano no norte
    Por lá mareei num mar largo e profundo
    buscando a estrela de minha sorte
  •  
  • E naquele atlântico grande e frio
    uma ninfa de formosura fui encontrar
    Navega em minhas veias que são um rio
    no curso do coração, onde foi acostar
  •  
  •  Uma ancora p’ro fundo arremessei
  • e, a vida errante fui estabilizar
    Agora, com a ninfa no oceano morarei
    e nas noites amaremos ao luar       
  •  
  • Deixei de ser vagabundo triste e só,
    e desta nova vida ela me faz gostar
    De meu coração, deixaram de ter dó
    p´la sorte que tive de a ninfa emcontrar   
  •  
  •  de: Fernando ramos 
  •  


07.03.22

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  • LÍRIOS PARA MEU AMOR
  •  
  • Meus amor não se sentia contente
  • E ofereci-lhe lírios para a confortar
    Ela diz que amou meu presente
    Fiquei feliz p'lo seu gostar
  •  
  •  Agora, este amor dos olhos meus 
  • Já sabe que não estou ausente
    Ofereço os lírios germinados por Deus
    Sabendo ela, o que meu coração sente
  •  
  •  Já não sei mais o que faça
  • Só peço que me vá sempre amar
    A mulher que meu destino traça

    Dar-lhe-ei lírios com muito ardor
    A ela, que eternamente vou abraçar
  • Mesmo num dia que apareça a dor
  •  
  • De: Fernando Ramos
  •  


07.03.22

576 (1).jpg

  • GOZO INFINITO
  • Vou bebendo a vida
  • gole a gole,
    com o mesmo prazer 
    com que aprecio a natureza,
  • ou quando danço com o meu par,
  • ou como o gozo que sinto 
    de andar pelas estreitas ruas 
    da Cidade do meu velho bairro,
  • e nos lábios vou entoando um fado 
  • De esperança e felicidade,
    Acompanhado  
    por uma guitarra rebelde
    de pura imaginação,
    tocando tão louca como eu
  • Em meu coração,
  • correm como um rio 
    ilusões de bem viver,
    que fortalecem 
    a crueza da exuberância
    em laços atados de sentimentos
  • E no meu espirito
  • tento plantar a paz, a minha paz, 
  • com sorrisos que vou cultivando 
  • como sementes de purpúras
  • folhas de rosas 
  • que um dia irão germinar
    na planta mais bela e graciosa
    do meu jardim de sonhos
  • Esperando que nele
    cresça o amor, o doce amor 
    na sua essência mais pura,
    tornando-se a mais linda 
    paisagem no horizonte 
    da paixão, da bela paixão
    que me vai deslumbrando 
    num gozo infinito
  •  
  •  de: Fernando Ramos
  •  


05.03.22

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  •  PUREZA DE TEU OLHAR
  • A pureza de teu olhar 
  • é tão cristalino como o céu
    Dei por isso quando o vi brilhar
    E logo quis criar, glória e apogeu
  • Foram desejos não cumpridos
  • P’ra teu olhar que continua puro
    Nele, o meu suporta sonhos perdidos
    Que os encontrarei um dia... eu juro
  • Meu amor por ele está tão forte
  • Como a luz que engole a escuridão
    Em mil fogos alumiados nesta má sorte               
  • E um dia, o libertarei do meu coração
  • Porque esse olhar não é ilusão
    Mas sim um momento de imaginação

    De: Fernando Ramos
  •  


04.03.22

 

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  • A HORA VAI CHEGAR
  • Vem a morte bater à porta
  • Mas não a deixo entrar
    Diz que assim se comporta
    É que, minha hora vai chegar
  • Ó minha morte mentirosa
  • Que estás para aí a dizer?
    Levo a vida preguiçosa
    Porque bem tarde quero morrer
  • Minha hora está adiantada
  • E tu deves estar enganada
    Morrerei deixando uma carta
    Antes de ir p’ra outro lado morar
  • A carta tem um destino
  • É p´ra quem me anda atormentar
    Por ela, levo a vida num desatino
    Porque comigo, nunca quis casar
  • Agora que minha hora está aí
  • É tarde para me conquistar
    Pode ser que um dia volte aqui
    E por ela irei procurar
  • De: Fernando Ramos
  •  


03.03.22

 

573 (1).jpg

  • DIZEM QUE A POESIA MORREU
  • A poesia morreu!
  • Será?
    Dizem que foi assassinada
    Será?
    Coitada da poesia, foi-se!
    Será?
    O povo lá dos campos silvestres
    Das aldeias, e das cidades... Duvidava

  • A poesia não morre
    A poesia é sempre a vida
    De que morreu?
    Perguntou incrédulo
    Um trovador desconhecido
  • É que, era tão difícil de acreditar
    Que a poesia se tivesse finado
    A poesia, que é o nosso 
    Tamborim de paixão,
    O mel do nosso paraíso,
    A canoa dos namorados 
    Navegando no rio Tejo,
    O banjo do jazz,
    O adorno dos nossos sonhos
    Não pode ser, 
    A poesia não nos pode abandonar
  • Assim, é demasiado
  • Covarde para ser verdade!
  • Claro amigos!
  • Não passou de um reles 
    E torpe boato
    A poesia nunca morre, 
    Ela é a fonte da vida,
    É a natureza do amor,
    Ela é paixão, é fornalha
    Ela é a felicidade da multidão
    Ela é o deleite do infinito viver
    É o sorriso da criança,
    É a nossa esperança 
    Que afasta a solidão
    É o perfume da primavera
    É o brilhozinho do Poeta
    A poesia nunca morre!
  •  De: Fernando Ramos
  •  


02.03.22

572 (1).jpg

  • SENHOR, DAI-ME UM AMOR
  •  
  • Senhor, dai-me um amor
  • de olhos meigos e cristalinos
    E que meus lábios possam saborear     
    seus beijos de sabor a morango 
    no silencio dos murmúrios
    Dai-me a mulher amada,
    e meu alento que nos sonhos 
    tanto busco na multidão
    como um acto constante 
    de minha vida
  •  
  • Senhor, dai-me um amor,
  • p’ra que possa proclamar 
    ao vento minha loucura 
    de tanto ardor e paixão,
    ou gritar à sua mínima ternura
    que será meu único destino
    sobrevivente da felicidade
    impregnada de doçura
  •  
  •  Senhor, dai-me um amor,
  • que se aninhe em meu peito  
    e aqueça meu coração 
    desesperado por sua sedução,
    que apenas acalenta a paz suave 
    dos bons momentos 
    do mel do paraíso, 
    como vem citado na página 
    folheada de um livro vivo
    Senhor, dai-me um amor!
  •  
  • De: fernando Ramos
  •  


01.03.22

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  • NAUS E CARAVELAS
  • No horizonte, avista-se Naus e Caravelas
  • Vem de mares outrora desconhecidos
    Trazem ouro, organdins e canelas
    E Valentes que no Bojador navegaram perdidos
  • No mastro mais alto vem a bandeira
  • Batida ao vento, trazendo feitos heróicos
    De um povo, do Beco, da Viela e da Ladeira
  • Servindo a Pátria em Descobrimentos históricos
  • No Tejo, Naus e Caravelas vão acostar
  • Comandadas p’la onda que o Rio tece
    É uma prenda do Céu que vai chegar
    Num dia de primavera que floresce
  •  P’los marinheiros estão as noivas de atalaia
  • De rosas na mão e sorrisos perfumados
    Vem vestidas de chita e cambraia 
    Deslumbrantes p’ra seus heróis amados 
  •  E na cidade, o povo ri por estar feliz
  • Dança-se, canta-se, e chora-se de alegria
    É o virar de mais uma página escrita de raiz
    P’ra nossa história governada p’la burguesia
  •  De: Fernando ramos
  •  

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