VIVA O TEATRO E A REVISTA
Há para aí uns engraçadinhos
Que connosco andam a brincar
Pensam que somos coitadinhos
E à muito que andam abusar
Então dizem que a revista acabou
Agora, e já o diziam antes
Nessa, o povo nunca acreditou
Para desgosto dos governantes
Viva o teatro, e a revista Nacional
grita todo Zé povinho,
Senhores ministros de Portugal,
Com os artistas, mais cuidadinho
E se a revista mal tratarem,
Com eles se estão a meter
Aos artistas vão lhes ter de pagarem
O mal que lhes podem fazer
É que a eles tanto prometeram
E continuam com as mãos cheias de nada
De todos os governos pouco receberam,
Estando eles esperando uma boa fada
Ó senhores do poder oculto
Deixem o que o povo mais gosta, em paz
É que, a revista para eles é um fruto,
Que ainda consomem, e muito os satisfaz
A cultura é a educação do povo
São palavra que as leva o vento
Promessas destas não é nada novo
Sabemos nós, à muito tempo
Os poderes deste país
Da cultura devem ter medo
Porque, o que para aí se diz
Para ela, o dinheiro nunca chega cedo
Para o teatro, e a revista
Dinheirinho nunca há
É tão difícil ser artista,
Em todo lado, mas mais cá
Se alguém a revista quer acabar
Que tenha mas é muito cuidadinho
Dela nunca se irão safar
Por ela vamos é ter, mais respeitinho
Não acabem com esta cultura
Senão com o povo andam a gozar
Por isso, senhores está na altura
De a deixarem no seu devido lugar
Somos um país pequenino
Mas com artistas de muita gana
O teatro e a revista é um menino
Que tantos, a ele muito ama
Portanto, tenham algum cuidado
E vejam bem o que andam a fazer
O povo já está a ficar zangado
E com ele, se vão ter que ver
de: fernando ramos