Venham ver a Águia fina que brilha
Voando p´lo céu superior
E nesse âmbar de cor maravilha
Foi lhe dada a bênção de Deus Senhor
Suas asas harmoniosamente desenhadas
São a pureza que um Anjo ofereceu
Esvoaçam p´lo estádio, tão engraçadas
Num céu que por elas se envaideceu
O sol p'la aurora a banha de luz
Que à sua volta é virtuosa chama
Acendendo um clarão largo que seduz
O fiel adepto que muito a ama
E numa luminosidade perfeita e clara
Sobre rostos em silêncio e paciência
A ave voa na perfeição que se compara
Com a limpidez dos murmúrios de excelência
Despertando poesia nos poetas de ocasião
Dedicando à Águia poemas a galope nos ventos
Que se elevam nas nuvens do coração
Que pró Benfica são pedaços suculentos
E um dia virá a trova desta divina beleza
Numa aguarela de um pintor consagrado
Sem mágoa, sem desalento mas com a nobreza
Do clube que p´lo mundo é tão amado
E irão erguer-se estátuas de pedra fina
Cinzeladas por artistas de mãos inspiradas
Porque a bela arte com o Benfica combina
Como a nudez das palavras deslumbradas