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FERNANDO RAMOS

Minha Poesia


05.08.20

96 (1).jpg

 

96 - O VELHO PIANO

 

No meu velho piano

toco melodias de poetas

Que outrora se escreveram

com suas penas de artistas

Cantadas foram por trovadores

apaixonados por donzelas

Que os escutavam nas suas janelas 

em noites que não terminavam

 

Melodias de amor

toco com muito sentimento

Cujas notas fazem vibrar 

este piano já gasto pelo tempo

Onde magicas notas deslizam

por dedos velhos

E cansados, que ainda

percorrem teu corpo

 

Os anos vão passando por nós 

mas ficam recordações

De outras músicas 

por mim tocadas só para ti

E naquelas madrugadas

que nos beijávamos carinhosamente,

Sentíamos a inspirada poesia 

de poetas tão loucos como nós

 

Para ti toco com a mesma

paixão, nem que seja

A última melodia de minha vida

Mas para ti toco

 

de: fernando Ramos

30.7.2005 


04.08.20

SEMPRE SOUBESTE

 

Sempre soubeste apaziguar

o turbilhão de sentimentos

E se a esperança chegar

não podem existir lamentos

 

Sempre soubeste ouvir

minha voz quando querias

Dela ficavas a rir

de todas as minhas tontarias

 

Sempre soubeste manter

o amor quando estava distante

Meu coração só queria ter 

o teu tão radiante

 

Sempre soubeste sorrir

quando eu regressava

Nunca me irias mentir

quando esse sorriso falava

 

Sempre soubeste esperar

por aquele momento certo

Demorou mais a chegar 

por eu não estar por perto

 

Obrigado meu amor

p´lo carinho e persistência

Tu deste algum sabor

à minha estranha resistência

 

de: fernando ramos

30.7.2005

 


03.08.20

94.jpg

 

MENINA DEPOIS MULHER

 

Menina que vais na rua,

vais bonita e graciosa
Olha bem para a luz da lua
porque ela é preciosa

 

À sua luz és uma fada
e deixas homens sem respirarem
Adoravam que fosses sua amada
p´ra nas noites contigo suspirarem

 

Alguns olhos te vêem nua
muito esbelta, e carinhosa.
Muitos te criam sua
p´ra noite bem amorosa

 

Menina tem cuidado, tem
porque os homens não são de fiar
Mas olha, p´ra eles muito bem
é que um dia vais casar

 

Depois, não olhas p´ra mais ninguém
só pró que te vai amar
Com ele, tu vais também
na bela noite, te deitar

 

Deixaste de ser menina mimada
porque casaste esta semana
Agora que és uma mulher casada
passaste a ser a bela Dama

 

Já não és menina nem fada
tens um homem que te ama
Serás sempre mulher amada
na tua vida de boa chama

 

de: fernando ramos

 


02.08.20

93 (1).jpg

 

 A NOSSA RUA

 

Partiste da nossa rua

sem motivo e razão

Foi numa noite à luz da lua

que despedaças-te meu coração

 

Meu amor, meu doce enlevo

minha vida de ti padece

Nesta rua de alto relevo

esta espera por ti enlouquece

 

Na rua da nossa amargura

trocamos suspiros sensuais

Amamo-nos com tanta ternura

fizemos promessas fatais

 

Acabaste por ir embora

e as promessas se perderam

Não sei o que vou dizer agora

aqueles que te conheceram

 

À nossa rua vou subir

na esperança de te encontrar

nela eu te deixei ir

e agora não queres voltar

 

Porque será meu amor

que à nossa rua não queres vir

Diz-me lá por favor

senão irei também partir

 

E daquela rua fui embora

de todos me despedi

Adeus meu amor, por agora

pode ser que voltes por aí

 

de: fernando ramos

29.7.2005 


01.08.20

O FADO E O MEU EMIGRANTE

 

O fado, eu canto agora

foi para ele que nasci

Canto pelo mundo fora

A vida que já vivi

 

O emigrante gosta do fado

E p´ra ele ando por aí a cantar

As recordações deixam-no calado

Porque essa vida o faz pensar

 

Enquanto cantava o fado

Um amor fui encontrar

Hoje é o meu homem amado

E com ele fui casar

 

Ao cantar para os emigrantes

No meio deles, lá estava o meu 

Sou mais feliz do que antes

Com o homem que Deus me deu

 

No fado aconteceu esta paixão

Que me anda a encantar

Esta é uma pura razão

Que para ele irei sempre cantar

 

Paixões de sonho, jamais terei 

Como esta de enlouquecer

Não sei, se um dia a perderei         

Mas ao fado irei agradecer

 

Quanto tempo irá durar

Isso agora não me importa

Por ela irei bem lutar  

Nem que ao céu bate à porta

 

Sou feliz por ser fadista

E a todo o lado irei cantar

Poderá ser no teatro de revista

E o meu homem terá de lá estar

 

Também é pró emigrante que canto

Na diáspora que lhes convém             

Lá o fado cantarei tanto

Que até meu amor, ache bem

 

de: fernando ramos

29.7.2005 

  

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