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FERNANDO RAMOS

Minha Poesia


21.01.20

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POLITICOS

Ser político é preciso ter arte

E não o é, quem quer
Muitas promessas se fazem
Depois é o que Deus quiser

Os políticos falam, falam
O que o povo quer ouvir
Depois é que são elas
Com promessas por cumprir

As ofertas são tantas
Que não dá para perceber
Elas não se cumprem
Vá lá o povinho entender

Nas campanhas eleitorais
Não dês vivas de vitórias
Porque se tu não ganhas 
És um contador de histórias

Toma atenção ao que dizes
Porque pode ser perigoso
É que se não cumprires
Não passa de mentiroso

Meu político amigo
Não prometas, se não podes dar
As pessoas não te perdoam
E tua honra vão manchar

Se honesto e nada prometeis
E tem cuidado com o que dizes
Porque isto da política
Não é para aprendizes

de: Fernando Ramos


20.01.20

30.jpg

 

 

ESTRELA

 

No berço do tempo, teu sorriso vejo
No céu da bela estrela cintilante
E olhando p´ra ela
Sinto em teus lábios sentimentos

Que são mel em meus lábios
Que me abraçam 
Com as boas recordações
Dos longos beijos trocados
Entre suspiros apaixonados
E, em teu corpo esculpido
Preso ao meu, prazeres mil sinto
P´las noites de ternura intensa
E nele, p´ra sempre prisioneiro fiquei
Com a estrela da luz de teu sorriso
Bem no centro das alegrias do teu brilho
Onde perdidamente

Teus doces lábios beijo

 

de: fernando ramos


19.01.20

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PEQUENOS NADAS

De pequenos nadas crescem
Ideias bem luminosas
De pequenos nadas nascem
Algumas descobertas perigosas
De outros nadas também
Alguns amores aparecem
E por outros pequenos nada
Alguns também desaparecem
De pequenos nadas tive
Paixões de rir e chorar
Com esses mesmos nadas
Outras mulheres fui encontrar
E venham mais alguns nadas
Para na nossa vida se encantar
Porque tantos nadas juntos
Um dia nos fazem casar
E aqui vão mais uns nadas
Para a festa continuar
É que vão por aí uns senhores
Que a nossa vida andam a estragar
Prometem tudo ao pobre povo
Até o poder alcançar
Depois de lá se instalarem
Pouco ou nada vão dar
E o povo protesta na rua
Por pequenos nadas que lhes dão
A vida está tão dura
Que já não se ganha para o pão
Aos Bombeiros, policias e a outros,
Pequenos nadas também lhes dão
Tem todos de reconhecer
Os bons profissionais que são
Vamos lá então virar isto
Com ajuda dos pequenos nadas
Porque esta vida é difícil
E o futuro não é de fadas
Com os nadas de agora
Estas brincadeiras escrevi
E vai ser dos mesmos nadas
Que vou ficando por aqui

de: fernando ramos


17.01.20

 

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LÁ NAS TERRAS DO SUDÃO
No Sudão, a guerra e a morte 
Andam de mãos dadas
O mundo assiste 
Como se nada fosse 
À miséria permissível 
E mantida por interesses
Dos senhores das armas
Que querem fazer 
Dos refugiados 
Criminosos de guerra
Mas onde não passam
De vítimas do terror
Lá, morre mais gente
Diariamente, que por metro
Quadrado de cereais ali plantados 
Mulheres, crianças e velhos
São sequestrados
Têm as mãos cheias de nada
E a morte como companheira
Que prematuramente por ali anda
Naquela terra a vida nada vale
E nós de mansinho a tudo
Assistimos como se nada fosse
Como se tudo, se passasse
Em casa do vizinho
Cuja porta da desgraça 
Humana se mantém fechada
Evitando assim 
Olhares indiscretos
Países ricos e poderosos
Negoceiam a venda de armas
Aos senhores da guerra do Sudão
Que fabricam a miséria e a morte
A um povo que só pede paz, pão
E um metro de chão 
Para enterrar seus mortos
Que não conseguiram
Sobreviver a este terror
Colectivo
Pobre mundo, para onde caminhas?

de: fernando ramos
27.6.2005



16.01.20

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AMIGOS DE INFANCIA

Alguns anos se passaram
E os meninos da minha infância
Se foram perdendo no tempo
Porquê? 
Pergunta estranha...
Cumplicidades, tínhamos 
Porque alguns de nós não 
Conseguiam ser miúdos
Crescendo demasiado cedo
Sofríamos algumas misérias da vida
A solidariedade não se afirma
Pratica-se constantemente
E isso pouco acontecia
Sei de alguns, que não os encontro
Talvez devido
A contingências diversas,
Que facilmente adivinharei
Meninos pobres, 
Éramos quase todos
Mas vivíamos felizes naquelas ruas
E esquinas, que eram como companheiras
Da inocência da nossa infância
Amigos dessa época
Se perderam nos anos
Onde estão eles?
Saudades eu tenho 
Dessas amizades
Mais, daqueles meninos
Que nunca o foram
Que, como eu em criança 
Sofrerem dos nadas 
Que a vida ofereceu
Amigos de infância, 
Pobres de nós
Nunca nos deixaram 
Ser meninos!

fernando ramos


15.01.20

26 - 1.jpg

 

26 - 2.jpg

26 - TANTA COISA PARA ESCREVER
Tenho pressa de escrever
Muito tempo já perdi
Vou brincar com as palavras
Lembrando o que vai por aí
Posso escrever da natureza
E de alguma coisa minha
Até posso escrever, ainda
Da minha bela vizinha
Então escrevo desta
E das suas belas curvas
Bem formosinha ela é
Que me deixa as vistas turvas
De outras coisas escrevo mais 
Como de olhares ocultos
Mas agora de manhã eu escrevo
Dos nossos transportes públicos
Então, falemos deles,
Um taxi que vai a passar
Leva alguém por gentileza
Com muita pressa de chegar
No Metro de Lisboa
Apertados, todos vão
Aquilo até assusta
É uma grande confusão
Ou escrevo sobre passarinhos
Que na minha janela estão
Algum tempo esperam eles 
Que lhes dê algum pão
Da falta de trabalho
Também se pode escrever
São tantos no desemprego
Que muito têm a temer
Ou da fome que por aí vai
Em locais pouco afamados,
E muitos não querem falar
Nos países desgraçados
Outras coisas poderei escrever
Como da guerra e da paz
A escolha pouco interessa
Uma ou outra tanto faz
E porque não de refugiados
que pela pobre África, vão
Já viram a miséria
Lá para as terras do Sudão
Destas vidas que se perdem
Vou então delas escrever
Teremos de ser mais solidários
Para esta gente melhor viver
Ó ricos, de cofre cheio bem fundo
Os refugiados estão primeiro
É um povo muito carente
Que precisa desse dinheiro
Vê tu mundo para onde vais
É que assim estás acabar
Tantos problemas se passam
Que não parecem terminar
Como estão a perceber
Há tanta coisa para dizer
deixem de ser preguiçosos
Vamos lá todos escrever

de fernando ramos

 


12.01.20

25 (1).jpg

 

 

25 - AS CARAVELAS ESTÃO A REGRESSAR

Avisto três Caravelas

Que ao Tejo vão aportar
Trazem pedras preciosas
E saudades para deixar

Desejos intensos nelas virão
Que os heróis trazem do mar
Seus amores por eles esperam
É só as Caravelas, acostar

Os nossos marinheiros
Bem aventurados sejam
Por feitos que Portugal merece
Em mares que um dia navegaram
E só a eles a pátria agradece

As Caravelas quinhentistas
Célebres, elas eram em tudo
Pelos tesouros que traziam
Das suas voltas ao mundo

Em oceanos de águas profundas
Grandes tempestades passaram
Por mares muito agitados
Nossas Caravelas navegaram

Já perto vejo as Caravelas 
Que prestes estão a regressar
E ao leme os nosso marinheiros
Com muita pressa de chegar

As noivas, seus homens esperam
Que ao altar as vão levar
Porque eles lhes prometeram
Que no regresso iriam casar

Muito mais noivas esperam
Por seus marinheiros heróis
Outras vão continuar a esperar
Só três Caravelas vão atracar
Das seis que se fizeram ao mar

Estas noivas sedutoras
Outros heróis irão amar
Um dia, por outras Caravelas 
As donzelas irão aguardar

fernando ramos


09.01.20

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MINHA VARANDA DA CAPARICA
Da varanda de minha casa
Alcanço a falésia da Caparica
Da varanda até lá
Outras casas não se fabrica

Naquele espaço de terreno
Há diverso gado a pastar
É coisa rara perto de Lisboa
Que é um regalo para o olhar
Na varanda à noitinha
De lá também vejo o mar
Apanho a brisa marítima
Em belas noites de luar
Na Costa de Caparica,
Na varanda quero estar
Apreciando a falésia e o mar
Que mais, Deus me pode dar
E lá estar, eu já sei
Que a tranquilidade é ouro
E muito próximo da cidade
Aquela paz é um tesouro
Mas que bela varanda tenho
Para os lados da Costa
Falésia, mar e sol 
Deste lugar, quem não gosta
Nesta bonita terra
Há pessoas boas e más
Os bons são muito mais
Que nos ofertam bela paz
Digam lá se não gostavam
de ter um horizonte assim
Deus deu-me esta varanda
Todinha só para mim

de: fernando ramos

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