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FERNANDO RAMOS

Minha Poesia

27 - GOLO MARAVILHOSO

1007 - MOMENTOS DE AMOR

20.09.19

1007 - MOMENTOS DE AMOR
Fechei os olhos e sonhei
Com teu corpo coberto de paixão
Que se aninhava no meu
E entre afagos de abraços
Nossos dedos acariciavam de ternura
Povoando nossos corações de amantes
De amor profundo sem sabermos
De onde vem esse amor inspirador
Irradiando luz, murmúrios, anseios e ardor
Da nossa paixão que vai correndo
De modo intenso
Apetecendo sempre ficar nesse lugar
Pulsando os corações num ritmo
Uno e forte carregadinho de sentimentos
Que vão lendo lentamente
Nossos momentos de amor
Como se fosse um poema
Dum tempo de amor sem destino
de: Fernando Ramos

1006 - GINGINHA DO ROSSIO

19.09.19

1006 - GINGINHA DO ROSSIO
Passei p´la ginjinha do Rossio
E lá me perdi em recordações
Dos meus tempos de estudante
E dos belos momentos que por lá passei
À sua porta em tertulias de poesia
Escritas e lidas entre amigos de boa ocasião
Bebendo ginjinhas de bom gosto
E deambolando por poemas de muita emoção
Inspirados por todos
Somos um povo de muita graça
Que escreve, escreve, escreve
Vidas certas e incertas que se inventam
Amores e desamores
E com a pena do coração
Deixa-se no papel prosas e rimas de afeição
Libertando energias gota a gota
Nas palavras de felicidade
Alguns poetas p´la Ginginha passaram
P´ra se inspirarem nas suas obras-primas
Escrevendo o amor com muita arte
Construindo mundos de vidas
Em patamares de paixão
De:Fernando Ramos

1005 - ONDAS DE SAUDADE

18.09.19

1005 - ONDAS DE SAUDADE
Navegando num mar de ilusão
Hoje enfrento as ondas da saudade
E acossado por tal tempestade
Naufrago na maré da solidão
Querendo apenas fechar
As cortinas desta lembrança
Pois não existe saudade mais cortante
Que a dum amor que se encontra ausente
E nem o tempo matará esta saudade
Que me acompanha numa ilha de desilusão
Bem rodeado do silencio da solidão
Esperando penosamente
P´lo dia de encontrar uma ponte
Que me levará de volta ao amor
E nesta tormenta sou um sobrevivente
Vivendo nas águas do mar de saudade
Que vão bailando em meu olhar
Caíndo por minha face
Em lágrimas que brilham como diamantes
Esperando p´lo momento de ser feliz
De encontrar o meu amor
Que ambiciono ser hoje... ser agora
de: Fernando Ramos

1004 - PINCELADAS DE LUAR

17.09.19

1004 . PINCELADAS DE LUAR
O dia se esgueira devagarinho
Insinuando-se escuro p’lo canto da passarada
A noite nasce e acontece um luar bonitinho
Sobre as gentes que apressam sua passada
E no meio dessa premente viagem
Olhares se trocam de cumplicidade
Não passa apenas de uma passagem
Que brevemente lhes dá tranquilidade
E neste corre, corre da vida
A noite pela melancolia se vai
Esperando que a tarde vá de partida
P´ra outra noite que p´la vida, caí
E a multidão se cruza para chegar
As suas casas de bom conforto
Esperando a noite em pinceladas de luar
P´ra outra manhã correrem a seu porto
De: Fernando Ramos

1003 - SEM POESIA

16.09.19

1003 - SEM POESIA
Num laço apertado de sentidos de amor
Mordo sorrisos que bailam vagarosamente
Na mente deste pobre poeta escritor
Poemas que quero cantar docemente
Mas cantar, eu não sei nada
Tocar guitarra também não
Fazer poesia à mulher amada
Faço eu no gosto do coração
Não sei se em fados são bons
Mas são de minha inspiração
São escritos em diversos tons
P´ra amores de sempre, e de ocasião
E nesta vida tão sofrida
Meus poemas são de paixão
Quem os ama, ama p´ra vida
Sem poesia amam na ilusão
De: Fernando Ramos

1002 - AURORA

15.09.19

1002 - AURORA
Faz da aurora de cada dia
Um continuo devaneio de liberdade
Sorri p´ra ela quando chegar ao fim
E nas noites das estrelas brilhantes
Que te fazem acordar antes da aurora
Contempla a lua já sem voz
Sem luz, sem cor
Que pouco a pouco
Se vai despindo de ti
E entrar nos sonhos que
Vagarosamente recebes
Na noite, de todas as noites
Oferecendo as estrelas seu brilho
P´los passos falsos da vida
Que a seguir à aurora
Te farão percorrer caminhos incertos
No jardim dos teus recônditos desejos
Buscando um amor
Um puro amor
de: Fernando Ramos

1001 - FACE DA SOLIDÃO

14.09.19

1001 - FACE DA SOLIDÃO
Vejo nas chamas doces de teu olhar
As labaredas de paixão que procuro
Será um bem pró meu amar
Que mora num beco escuro
Levo noites num clarão
Desejando ser amado
Bem tem doído a meu coração
Que por ti tem chorado
Agora que te encontrei
Solto as amarras da loucura
Deixo as lágrimas que chorei
P´ra agonia que encontrou cura
Sonhava as noites acordado
Num grito que magoa
Sinto que sou agora amado
Com amor que não destoa
Porque a lágrima não contida
Corria silenciosa p´la face da solidão
Já não tenho a esperança perdida
Habitada antes em meu coração
de: Fernando Ramos

1000 - AMAR

12.09.19

1000 - AMAR
Amar, amar é a ternura do pecado
Diz nossos corações á esperança
Amar é bom cantado num fado
Oferecendo vida à doce bonança
Eu amo tanto a mulher de minha vida
Até ao amanhecer mais lindo
Ela me murmura perdida
Dizendo-me querer bem... Sorrindo
P´ra nós, é um feitiço de amor
E em nosso corpo ele se banha
E preso no seu, o meu se vai pôr
Pró prazer fértil que em nós se entranha
De tanto amor minha deusa beijava
Docemente sua pele macia de cetim
E sem pudores, de mais paixão lhe murmurava
Corando ela de amor, dizendo que sim
E neste nosso louco desejar
Voamos nas asas sublimes da imaginação
E na cama compomos poemas de amar
Bailando um no outro sem interrupção
De: Fernando Ramos

999 - SAUDADE TAMANHA

11.09.19

999 - SAUDADE TAMANHA
A lua surge por detrás da montanha
lluminando a noite com sua beleza
A brisa traz saudade tamanha
P´la alvorada que chega na certeza
Vou contemplando a lua, pensando
Nas estrelas que não param de brilhar
É belo o motivo que me vai levando
Ao momento unico p´ra não desperdiçar
E p´ra uma folha branca o momento vou passando
Olhando as estrelas para um poema me inspirar
E na inspiração escrevo que estou amando
Este tempo que em meu coração tem lugar
Abraço o poema bem devagarinho
P´ra num violão alguem tocar
Escrevo um refrão muito bonitinho
Para um coração que queira amar
de: Fernando Ramos

998 - ESTAR DAS PALAVRAS

10.09.19

998 - ESTAR DAS PALAVRAS
Surge a palavra numa luz que deslumbra
Falando de silencios,
Separada por uma pequena virgula
Chegando a silaba numa enorme frase de explendor
E no fim dum dia agreste embebedado de melancolia
Aparece a palavra na lingua do poeta universal
Voando num pensamento que se ergue
Num poema simples mas rico de amor
Dito sobre um fundo espiritual
P´ra que nunca por uma má palavra
A alma doa,combalida dessa palavra que teima vingar
É assim o estar das palavras povoadas
Dum livro aberto e ditas de coração solidário
Como um poema simples que se compôe
Na imaginação do poeta errante
Que apenas reclama a entrega de algum talento
Para alguém que numa noite escura
De finissima orvalhada
Que se estende por um campo silvestre
Guarde as palavras que se sentem frias, se sentem puras
Obrigando um coração as susurrando
No sossego do aconchego
Dando bem mais um pouco de calor e de poesia
Ás prosas que se admiram nos silencios da Paz
de: Fernando Ramos

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