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FERNANDO RAMOS

Minha Poesia

FERNANDO RAMOS

Minha Poesia

989 - AREIA BRANCA

Fernando Ramos, 30.08.19

 

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  •  989 - AREIA BRANCA 
  •  
  • No sol quente de verão
  • Caminhamo á beira do mar
  • Pulando nosso coração
  • P´la felicidade de ali estar  
  •  
  • Nessa praia bonita de fina areia branca
  • Descalços, vamos de mãos dadas
  • E pisando a pedrinha que nos encanta
  • Fazemos promessas de amor iluminadas  
  •  
  • E ao sol, que de amor nos faz balançar     
  • Passamos o tempo até o dia findar   
  • E ao som das ondas do mar
  • Trocamos olhares de paixão de encantar
  •  
  • As ondas sentem ciúmes deste amor
  • Mulhando nossos corpos de água fria
  • E nós entre caricias de tanto ardor
  • Percebemos que a onda também queria
  •  
  • de: Fernando Ramos

988 - FADO RECORDADO

Fernando Ramos, 29.08.19

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  • 988 - FADO RECORDADO
  •  
  • Tudo agora não sou
  • De tudo o que já fui
  • Tudo acabou
  • Porque tudo se dilui
  •  
  • E a chama da vida
  • se perdeu no tempo
  • agora já não há saída
  • Apenas um lamento
  •  
  • Lembro tempo acabado
  • E tudo que vivi
  • Foi um pedaço bem passado
  • O que a vida me deu, e perdi
  •  
  • Restam recordações na memória
  • Que a chuva teimosamente vai lavando
  • Hoje é esta minha história
  • Que agora vivo lembrando
  •  
  • Deixo este meu fado recordado
  • Na bruma da ilusão
  • Que apenas fique gravado
  • Quando Deus parar meu coração
  •  
  • De: Fernando Ramos

 

987 - PEDAÇO DE PÃO

Fernando Ramos, 28.08.19

 

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  • 987 - PEDAÇO DE PÃO
  •  
  • Oh vida terrestre
  • De incerto destino
  • Vivida de norte a sul
  • Num caminho campestre
  • Apenas anseio um gesto de mão
  • Do meu senhor e mestre
  • Que oferte ao mundo um pedaço de pão
  •  
  • P´ra tantos aproxima-se a chegada
  • Da esperança sem dores
  • Vinda da manhã já terminada
  • Trazendo pétalas de lindas flores
  • P´ra embelezar a face e o coração
  • Dentro da alma mais triste 
  • Flutuando nas madrugadas frias 
  • E apenas pedindo um pedaço de pão
  •  
  • Oh mundo que emites tanto ar
  • Poluindo a vida de gentes sem beira e dor
  • Levando-as prós braços do mar
  • Chorando sua tristeza sem amor
  • E olhando o dia à sua maneira
  • Passando o momento de sua razão
  • Na enorme tristeza e tão grosseira
  • Apenas pedindo um pedaço de pão
  •  
  • de: Fernando Ramos

986 - LISBOA DO RIO

Fernando Ramos, 26.08.19

 

 

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  • 986 - LISBOA DO RIO
  •  
  • Esta Lisboa
  • Sempre linda
  • Sempre boa
  • Terra de boa gente
  • Cantando a beleza e o nome
  • Num fado que o fadista entoa
  • Na terra de mil feitos
  • Onde o sol sorri e se emociona
  • Brilhando prós corvos
  • De sua bandeira
  • Lisboa amada e chorada
  • Lisboa encantada
  • E dos sorrisos
  • Valendo tesouros
  •  
  • Lisboa do alfacinha
  • Dos pregões da bela varina
  • Dos bairros castiços
  • Lisboa do turista
  • Fazendo dela bonito desenho
  • Num olhar que pinta a cidade 
  • Ao sol que lhe banha a alma
  •  
  • Lisboa das noites
  • De Santo António
  • E da sardinha fresca e bonita
  • Lisboa do rio
  • De vai e vem
  • E das marés
  • Que lindas margens beija
  •  
  • Lisboa dos poetas
  • E dos trovadores
  • Das mansardas
  • E das bonitas janelas airosas
  •  
  • Lisboa da música
  • Das flores
  • E das cores de Deus
  • Lisboa minha terra
  • E nosso amor
  •  
  • De: Fernando Ramos

985 - FINAL DE TARDE

Fernando Ramos, 25.08.19

 

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  • 985 - FINAL DE TARDE
  •  
  • A tarde termina sua aventura
  • E no seu final a noite vai começar
  • Irá p´ra gente que a noite segura
  • Com rios de amor p´ra se enlaçar
  •  
  • E numa hora a noite se ajeita
  • Aprendendo a ser paciente
  • Para uma aurora perfeita
  • Ou pró rumor de ventania quente
  •  
  • A noite em sobressalto caiu bruscamente
  • E sombras dissimuladas seguem seu caminho
  • O sossego puro é permanente
  • Esperando a aurora seu bom destino
  •  
  • E o dia no horizonte se vai aconchegando
  • Desvendando véus na vida de cada um de nós
  • Até ao final de tarde que irá ficando
  • Aguardando noites dum silencio atróz
  •  
  • De: Fernando Ramos

984 - FINAL DE SAUDADE

Fernando Ramos, 24.08.19

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  • 984 - FINAL DE SAUDADE
  •  
  • Num recanto na infinda saudade
  • Meus olhos choram momentos da vida
  • Alguns se guardam da felicidade
  • Que escondo numa guarida
  • Meu coração de trovador
  • Batendo muito acelarado 
  • Anda cheio de ternura e amor
  • Que na saudade vai enamorado
  •  
  • Levando-me ás limpas águas da emoção      
  • Incendiando-a de felicidade
    Não derrotando uma ilusão  
    Só p´ra me  poupar à lenda da saudade
  •  
  • E no final da saudade escuto a Natureza
  • Sinto o cheiro do jardim das flores
  • Percebo nesse momento de beleza
  • Que a saudade se enche de odores 
  •  
  • E se alguém com imensa saudade
  • Deve no seu tempo ter novo começo
  • Pode começar em liberdade
  • Tatuando as lágrimas dum amor imenso  
  • Seguir seu caminho em frente
    Sem tirar rima da saudade à poesia
    Dando força à sua mente
    Nessa calmaria de tanta magia 
  •  
  • de: Fernando Ramos

 

983 - PEDAÇO DE CHÃO

Fernando Ramos, 21.08.19

 

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  • PEDAÇO DE CHÃO 
  •  
  • No meu pequeno pedaço de chão
  • Quero pela vida caminhar
    Observando a Lua com emoção
    Sentindo a força de seu curioso olhar
     
  • Ela surge por detrás da montanha  
    Iluminando minha redondeza
    A brisa leva uma saudade tamanha
    Viajando a paixão que na lua brilha de tristeza
  •  
  • Um dia chorarei por ela soluçando
  • Contemplando a tristeza da lua
  • E no meu pedaço de chão vou esperando
  • Que essa verdade passe nua e crua
  •  
  • Quem faz a história é a lua grandiosa
  • Porque seu tempo tem um começar
  • Ela nos espreita docemente caprichosa
  • Num inicio doce e bem de afagar
  •  
  • E no meu pedaço de chão
  • Quero as pétalas das flores
  • De volta a meu pobre coração
    P´ra Lua olhar sobre meus amores
  •  
  • Quero p´lo pedaço de chão caminhar
    Descalço ou de sapato imperfeito
  • Sentindo a força da lua em meu peito      
  • E nos meus olhos um tempo de amar
  •  
  • de: Fernando Ramos

 

   

982 - MALA VAZIA

Fernando Ramos, 20.08.19

 

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  •  MALA VAZIA
  •  
  • Devíamos todos ser totalmente livres
  • E preocuparmos mais connosco     
  • E com os nossos semelhantes
  • Sentindo os aromas das boas ações
  • Devíamos complicar menos,
  • Magoar-nos menos neste celeiro do mundo
  • Acreditar mais, amar mais
  • Deixar a vaidade e o orgulho de lado
  • Que nos impedem de caminhar
  • Nos nossos sonhos graciosos de paisagens
  • No sentido da liberdade
  • Damos valor de mais ao que não tem valor
  • Devemos deixar de lado os medos
  • De apostar mais nos nossos sonhos
  • Porque senão um dia acontece
  • Como gente que é tão pobre tão pobre
  • Que a única coisa que têm é dinheiro
  • E essas... quando Deus as chamar
  • Certamente do seu bem
  • Que foram aproveitando na vida
  • Ou do que fizeram aos outros
  • Se calhar levam uma mala bem vazia
  •  
  • De: Fernando Ramos

981 - MINHAS LOUCURAS

Fernando Ramos, 18.08.19

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  • MINHAS LOUCURAS
  •  
  • Entre aís de abraços amei
  • Entre lençois tanto me perdi
  • Na luxúria de um beijo, deixei
  • Fugir teus suspiros de amor, por aí
  •  
  • P´lo olhar das luas eu sofri 
  • Por outros mais bem chorei
  • Sonhando encontrar em ti
  • O beijo que tanto procurei
  •  
  • E nesta minha loucura
  • Passei noites em orgias
  • Amando de forma louca
  • Entre corpos e fantasias
  • Sentindo teus beijos em outra boca
  •  
  • Tudo foi uma ilusão
  • Nada disso p´ra mim valia
  • Nada  fez bem ao coração
  • Porque eras tu que eu queria
  •  
  • Vivo num corpo sem alma
  • Sem apetecer uma guarida
  • Sou agora gelo do mar
  • Bem sofrido e livre de navegar
  • Porque sem ti não tenho vida
  •  
  • Jamais sentirei teus lábios de doce sorriso
    Por eles agora vivo cego sem teu amor         
    E cada lágrima de saudade não leva sumiço     
    Trazendo arrependimento das loucuras de dor      

    de: Fernando Ramos

980 - MINHA HERANÇA

Fernando Ramos, 17.08.19

 

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  •   MINHA HERANÇA
  •  
  • Prós loucos como eu
  • Deixo a vida mundana e farta
  • E o meu vadiar tardio
  • Terminado na miséria em que morri
  • Para o meu amigo da luta e do pão
  • Que diz que o Altíssimo não existe
  • Deixo a descrença em olhos seus
  • E o meu pedido de perdão
  • Por não lhe ter sabido falar de Deus
  •  
  • Prós ricos, mas pobres de amigos
  • Que o outro lado de mim conheceu   
  • Deixo-lhes os mendigos da rua
  • Que eles bem conheci       
  • P´ra que deixem de dormir ao frio e à chuva
  • Ou o seu caminhar no silencio da escuridão
  • Ao abrigo do olhar da lua
  •  
  • Aos meus amigos dos copos
  • Deixo as noites e as putas finas
  • Dos bairros velhos e tristes
  • Vagueando entre ruelas e esquinas
  • E ás virgens que não tive
  • Para elas, fica a minha pena
  • P´los  ais que nunca ouvi
  • Em camas de lençóis de seda
  •  
  • P´ra todos os meus amores
  • Deixo beijos de ternura
  • Salpicados de belas flores
  • Pintadas da minha verdade pura
  • E chorando poemas que não escrevi
  • Em seus corpos de formosura
  •  
  • De: Fernando Ramos

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