889 - QUANDO
889 - QUANDO
Quando o sol não brilhar
Quando o vento não assobiar
Quando o rio secar
Quando as flores murcharem
Quando o machado cortar
A última árvore
Quando deixares de respirar
Vai servir de muito
A ganância pelo dinheiro
Quando a memória
Não aflorar em dias de melancolia
Quando os poetas não escreverem
Quando as crianças
Não poderem perguntar
Quando se deixar de viver na verdade
E não se poder falar das mágoas
Morre tudo…
E o amor deixa de se alcançar
De: Fernando Ramos