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- NOSSOS FILHOS
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- Os filhos amam-se assim que
Que se sente a sua existência
Acarinham-se até demais
Desde esse momento
Porque aí, o único sentido
É o amor permanente
Com que os confortamos
Dá-se lhe mimos desde o nascimento
Até eles mais tarde nos dizerem, chega!
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- Mas nós num cantinho do cérebro
Reservamos sempre o colo para eles
Nosso amor é dado a todas as horas,
Minutos, segundos, é sempre dado
Está lá sempre o nosso amor
Mesmo que depois,
E por algum tempo
Nos falte a sua retribuição
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- Preocupamo-nos p’los seus
Choros, p’las suas ânsias,
P’los seus sonhos
E vejam lá... Por momentos
Até pelos seus sorrisos de paixão
E por vezes, doentiamente
Por todos os seus gestos
Que são quase o nosso viver
E ficamos demasiadamente felizes
Quando os vemos contentes
Com a nossa presença,
Ou com o nosso carinho
Nosso coração vive permanentemente
Na presença deles, mesmo que não
Estejam junto de nós
Mentalmente, e em algumas ocasiões
Estupidamente da maneira obsessiva
Queremos os ter sempre à nossa volta
Esquecendo que eles crescem
Mas nós, vemo-los do mesmo modo
São sempre os nossos Anjos
Independentemente da idade
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- Para nós, os filhos desconhecem
Toda a malícia da vida, e a maldade
E pensamos que se nos dizem uma mentira
É sempre e apenas uma "mentirinha"
Sem qualquer tipo de importância
Ficamos felizes, mas mesmo felizes
É quando eles nos dizem
O que queremos ouvir por toda a nossa vida
“Eu vos amos, pai e mãe”
- É aquele momento mágico
Que mexe com todo nosso interior
Por vezes, cheio de mágoas e injustiças
Porque em certos momentos
Somos brindados injustamente
Por aqueles quem mais amamos
Os nossos filhos!
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- De: Fernando Ramos
publicado por Fernando Ramos às 20:23