- DOR DE CASTIGO
- (soneto)
- A dor vem no limbo do escuro
Numa intensidade não liberta
Traz tormento bem seguro
Ao corpo que para ela desperta - É melancolia que não trás brisa
É dor de tanto castigo
Para uma vida, que bem ajuíza
Seu passado de tanto perigo - À dor a claridade não chega
Vai num mau fim que se avizinha
E no escuro deixa a vida cega - Tendo a morte como final
P’ra um céu, onde se caminha
Livre de tanto sofrimento total
De: Fernando Ramos