Este poema não era para ser publicado neste blog, mas dado que a minha indignação é tanta, por nos terem roubado outro titulo na época 2008/2009 (como já anda acontecer em quase 30 anos) não resisto de o publicar
O MAFIOSO BESTIAL
No calor da uma noite sortuda
Num ano efervescente
Numa cidade de bem estar
Terra de boa gente
Sucedeu um caso inédito
Deveras eloquente
Um tal Mafioso Costa
Danado p´ra brincadeira
Jogou uma alta parada
Oferecendo à alternadeira
Pão mesa e casa posta
Que tarde veio dar asneira
A sua falsa esposinha
Que depois lhe fez a cama
Passou a ser reles galinha
Não, digníssima primeira-dama
E vejam só...
Que no seio do seu clube
Foi considerada pessoa de bem
Não fosse ela, mulher do Norte
E de alguma formosura também
Talvez, por ser bela e esposa ardente
Do gerente da caixa forte
Conhecido também por presidente
E por Padre da freguesia das Antas
Que ao Vaticano levou sua consorte
Ao reverendo Papa das horas Santas
Como a Santa filha madrasta
De altíssimo, raro e fino porte
Tornou-se um caso sério
Este presidente batoteiro
De provincianismo bacoco
Bom conselheiro e irmão
Distribuindo benesses e dinheiro
Por árbitros amigos corruptos
Pró seu clube brincalhão
Ser o eterno pomposo primeiro
O pior, é que a marosca
Tarde foi descoberta
A senhora de casa posta
Falou tanto do que sabia
E lá tramou de forma esperta
O super Mafioso Costa
Um velho abutre
Sábio de esperteza
Mergulhado na podridão
Que lhe cobre as finas penas
Quando discursa na certeza
De que é muito bem ouvido
P´las suas almas seguidoras
Tristes,sós, e bem pequenas
E quem diria…
Ele, que antes tanto sorria
E à Senhora de Fátima
Muitas preces oferecia
Este piroso personagem
Que usa a fé como capa
Para fazer sacanagem
Aos incautos de linhagem
Lá foi levado à justiça
Dos homens de sabedoria
Registando dele, muitas juras
Apesar da reles fina trama
Ter sido então descoberta
Na sua vida de fraca chama
De muita manha e mentira
Cheia de precioso veneno letal
Que vagueia de mansinho
Por sua mente suja e aberta
O tal falso ofendido
Na civil dita Justiça
Jurou, jurou p´la filha
Pedindo intervenção divina
Quando se sentiu perdido
P´ra que caísse todos os males
Sobre a pessoa querida
Que mais ama nesta vida
Por ser tudo grande mentira
Pois diz ser maquiavélico
Esta torpe acusação pura
Pendente sobre sua triste figura
Pois então...
Este homem de muito tacto
E para alguns de fina cultura
Diz ser vítima de grave acto
Duma vil acusação impura
De gente que anda aqui, e ali
Declamando José Régio
Dizendo que não vai por aí...
Mas a sabedoria do povo
Que conhece sua história, e bem
Diz que dele, nada é novo
E se preciso, até vendia a mãe
Para as tramas trazerem glória
Ao pobre sistema e sua trupe
Que já não engana ninguém
Mas houve uma juíza amiga
Que foi mais que mãezinha
Estendeu-lhe a passadeira
Voltando ele à velha intriga
E à sua deliciosa conversinha
Oferecendo a sua rica cantiga
Em conselhos, p´ra gente de bem
Os seus velhos amigos do apito
Que respeitosamente o servem
Surripiando ao gloriosos Benfica
Campeonatos, que assim se perdem
Pobre futebol cá do burgo
Que possuis tão triste criatura
Que faz do povo um grande burro
Passeando o Costa de alta finura
Pelo velho resultado usurpado
Que é o seu bem precioso amado
E vejam lá...
Ele, p´la sua fiel plebe é adorado
Não dando ela, com justiça
O nó cego no Mafioso bestial
Restando apenas a justiça divina
Que o visitará no juízo final
33 - Fernando Ramos
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