12.08.20
UMA BRISA
Esta noite
sentimos a brisa do mar
que por nossa janela entrava
Bem fria era essa aragem
e tu meu amor
deslizando num mar de razão
na suavidade dum doce toque
aconchegaste teu corpo ao meu
Num laço eterno de doce amar
confortando-nos o calor do prazer
e sem palavras nos beijámos
Sentindo um pouco de mim em ti
Esse pequeno gesto fez-nos
vibrar em ardente desejo
prolongado no silêncio dos amantes
E abraçados iniciámos o tímido
jogo de sedução,
E amamo-nos como tantas
e tantas vezes o fazemos
E num pulsar nossos corpos
em colunas de fogo iniciam
a sua viagem estonteante
Suspirámos de prazer e paixão
num frenesim de movimentos
de avanços e recuos
alcançando o sublime prazer
que alimenta o silencio
da nossa poesia de amor
Que felizes estávamos
como nos contos de amor
na noite de farto festim
agradecendo a uma brisa
que pela janela entrou
de: fernando ramos